
Salvador agora conta com um Polo de Economia Criativa, o Doca 1, instalado no comércio. O objetivo é concentrar a cadeia produtiva local de modo a fomentar o desenvolvimento de novos talentos, promover a qualificação de mão de obra criativa, além de aproximar empresas e trabalhadores do capital intelectual, criativo e inovador.
Até 40 empresas poderão ser abrigadas no Doca 1, dentro de um espaço de 2,4 mil², que serão voltadas para os diversos segmentos da economia criativa, que incluem expressões culturais, como dança, música, fotografia, gastronomia, artesanato e artes plásticas; do design, com arquitetura, moda e publicidade; e tecnologia, com desenvolvimento de pesquisas, computação gráfica, engenharia de áudio e engenharia de transmissão, entre outros.
Apesar de pretender concentrar a cadeia produtiva no Doca 1, o objetivo é que o projeto não se restrinja às dependências físicas do local.
O ex-deputado constituinte Domingos Leonelli, membro do Executiva Nacional do PSB e coordenador do site Socialismo Criativo, avalia a iniciativa como positiva.
“Muito boa a iniciativa da Prefeitura de Salvador no sentido de potencializar a principal vocação econômica da cidade. O governo do estado co-patrocinou um seminário internacional em 2017, que indicou o Pelourinho como Distrito Criativo, a partir do parque imobiliário do IPAC. O que possibilitaria ao governo definir o uso dos imóveis para atividades da economia criativa”, ressalta o dirigente socialista.
Economia criativa para o desenvolvimento
A economia criativa também é um dos pilares que deve guiar o plano nacional de desenvolvimento social, como o que é proposto pelo PSB. Em seu processo de Autorreforma, o partido destaca a necessidade de aliar a tecnologia, os diferentes saberes, a cultura e a criatividade para o desenvolvimento sustentável do país.
“A nova economia baseia-se na abundância infinita do talento, da criatividade, da tecnologia e da cultura”, explicam os socialistas no documento da Autorreforma.
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Exemplos práticos desse eixo podem ser encontrados do setor de turismo às pesquisas científicas que podem ajudar a explorar de forma sustentável produtos da floresta Amazônica, que traz benefícios tanto para populações locais como para o desenvolvimento de todo o país.
“A economia criativa não é apenas mais um ramo da economia, que reúne uma série de atividades altamente produtivas, mas, sim, uma estratégia de desenvolvimento, que pode possibilitar ao Brasil uma inserção soberana na economia globalizada e nas novas cadeias de valor do mundo moderno”, ressalta o PSB na Autorreforma.
Com informações da BNews