
Segundo o portal Jota.Info, aliados do deputado Arthur Lira (PP-AL) na Câmara dos Deputados têm aconselhado o líder do Centrão a reavaliar a estratégia de suporte integral ao presidente Jair Bolsonaro em troca do apoio – ainda que indireto – do Planalto para a sucessão da presidência da Casa. Deputados como o vice-líder do PP, Fausto Pinato (SP), temem que a incerteza sobre a conjuntura econômica futura e os rompantes do presidente da República – “que perdeu a racionalidade” – tenham forte impacto na ainda boa popularidade do chefe do Executivo já no início de 2021.
Para Pinato, sem forte apoio das ruas, o fim do suporte dos parlamentares ao governo é apenas uma questão de tempo.
“Bolsonaro fala que é o dono da caneta, mas nós, do centro, não precisamos do Bolsonaro. Ele é que precisa da gente. Se ele não mudar, ele cai no meio do ano que vem. Quando ele não conseguir eleger ninguém [para presidente da Câmara], vai vir muita candidatura avulsa e poderá jogar contra ele na Casa”, disse o vice-líder do PP em conversa com o JOTA.
Pinato afirma que o interesse em resolver o impasse da Comissão Mista de Orçamento (CMO) deveria ser do governo e Lira deveria estar ciente disso, uma vez que ele se tornou aliado do Planalto.
Lira vem enfrentando um longo impasse para eleger sua candidata ao colegiado, Flávia Arruda (PL-DF), e dar o primeiro passo para angariar força política para suceder Rodrigo Maia no comando da Casa. O presidente da Câmara trabalha para que o presidente da comissão seja seu aliado de primeira ordem, Elmar Nascimento (DEM-BA).
O raciocínio do vice-líder do PP é o seguinte: a popularidade de Bolsonaro está alta pelo auxílio emergencial, mas as ruas não estão suportando mais sua política externa (como não reconhecer a vitória do Democrata Joe Biden à Casa Branca), as intrigas dos filhos com membros do governo e a briga do presidente com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Pinato reforça ainda que tudo isso se refletiu nas eleições e que Lira sabe disso, mas está envaidecido.
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