
Em 1º de Abril de 1964, o Brasil dava início a um período que marcaria a sua história: a ditadura militar (1964-1985). No dia anterior, 31 de março, tanques do Exército foram enviados ao Rio de Janeiro (RJ), onde estava o presidente João Goulart, e deram início ao golpe. Hoje, 57 anos depois, sob o comando de um governo que flerta com o autoritarismo, socialistas ressaltam a importância da democracia.
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Ditadura: não esquecer para nunca mais acontecer
Pelas redes sociais, o líder da Oposição na Câmara, deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), ressaltou que o golpe de 64 foi marcado por tortura, morte e censura , e que não há nada para ser ‘celebrado’. O novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto divulgou nessa terça-feira (30) texto que distorce a história e enaltece o papel das Forças Armadas de “pacificar o país”.
O deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) também repudiou a comemoração feita pelo Ministério da Defesa e afirmou que esse “período sombrio para o Brasil” só merece “o repúdio da sociedade pelo seu trágico resultado”.
Contra a ditadura e na luta pela democracia
Para o líder do PSB na Câmara, Danilo Cabral (PE), a data de hoje é o momento de reafirmar a luta em defesa dos valores da democracia e da liberdade. O parlamentar também reverenciou a memória do ex-governador Miguel Arraes, que foi preso e exilado durante a ditadura, e do estudante pernambucano Jonas José de Albuquerque Barros, assassinado na luta contra o regime.
“Não foi revolução, foi golpe”
Os deputados Gervásio Maia (PSB-PB) e Camilo Capiberibe (PSB-AP) também utilizaram das redes sociais para ressaltar que o que ocorreu há 57 anos não foi revolução ou movimento, como querem afirmar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores, mas sim um golpe militar.
A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) também ressaltou que a ditadura foram anos de graves violações de direitos humanos, mortes, torturas, desaparecimentos, execuções, exílio e censura, além de compartilhar documentário para espalhar a verdadeira face da história.
Evolução civilizatória
O presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, ressalta que hoje, ao contrário de 57 anos atrás, podemos observar as Forças Armadas se manifestando contra as falas e posicionamentos antidemocráticos do presidente Bolsonaro, fazendo alusão à saída do general Fernando Azevedo do Ministério da Defesa e dos três comandantes da Forças Armadas.