
A CPI da Pandemia no Senado ouve nesta quarta-feira (14), o depoimento de Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos. Também está previsto do depoimento de sócio-administrador da empresa, Francisco Emerson Maximiano. Investigados pela comissão, ambos conseguiram no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ficarem calados nos depoimentos.
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A decisão da Suprema Corte levou a CPI a pedir explicação sobre o alcance da decisão e o depoimento de Emanuela acabou não ocorrendo nesta terça-feira (13). O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), atendeu ao pedido de adiamento feito pela diretora da Precisa, que alegou estar “exausta”.
A Precisa é responsável por um contrato com o Ministério da Saúde para aquisição da vacina indiana Covaxin, da Bharat Biotech, que não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Depoentes devem colaborar, diz Rogério Carvalho
Em entrevista antes do início da reunião, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse acreditar que Emanuela Medrades e Francisco Maximiano vão colaborar para esclarecer por que houve tantos erros nas invoices (faturas) de comercialização das vacinas Covaxin e os motivos que levaram o governo a comprar um imunizante com preço 50% superior ao das demais vacinas.
Irmãos Miranda indicaram suspeitas à CPI
Em depoimento à CPI, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, que é servidor concursado do Ministério da Saúde, indicaram suspeitas de irregularidades envolvendo a compra dessa vacina.
Segundo o depoimento de ambos os irmãos, Luis Ricardo foi pressionado por seus superiores no Ministério da Fazenda a agilizar a compra da Covaxin fazendo o pagamento de uma fatura referente à negociação que continha várias irregularidades. O deputado, por sua vez, revelou ter levado o fato ao conhecimento do presidente da República, Jair Bolsonaro, o qual teria mencionado o nome do líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
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Fonte: Agência Senado