
Com Julinho Bittencourt
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), respondeu às ofensas do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), em sua conta do Twitter, nesta quarta-feira (4). Dino acusou Bolsonaro de uma “estranha obsessão” e o mandou trabalhar, pois as rodovias federais do Maranhão estão destruídas.
O governador socialista usou as redes sociais para responder aos ataques do presidente da República. “Acbho que ele está se oferecendo para ser meu personal trainer”, escreveu.
Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que “quanto mais pobre o estado, mais gordo é o governador”. Dino ironizou: “Acho que ele está se oferecendo para ser meu personal trainer. Não, obrigado. Que estranha obsessão. Vai trabalhar, presidente. No Maranhão, as rodovias federais estão destruídas”.
Leia também: Socialistas reagem contra atos pró-voto impresso
“Você pode ver, quanto mais pobre o estado, mais gordo é o governador. Por coincidência, é uma realidade lá [no Maranhão]”, disse Bolsonaro, durante entrevista à TV Piauí, ao comentar o envio de recursos federais a estados para o enfrentamento da pandemia de coronavírus.
O presidente nacional do PSB usou as redes sociais para criticar o ataque de Bolsonaro a Dino. “Tal atitude deixa ver a escala e variantes de seu preconceito – que segue o manual da agitação fascista. Só para lembrar: o ódio fascista não poupou nem mesmo os “arianos”, escreveu.
Bolsonaro repete ataque a Dino
O presidente repetiu diversas vezes a mesma ofensa com relação a Flávio Dino. Em maio, durante uma visita ao Maranhão, Bolsonaro chamou Dino de “gordinho ditador”.
“Lá na Coreia do Sul [do Norte, na verdade] tem uma ditadura, o ditador não é um gordinho? Na Venezuela, também tem uma ditadura, não é um gordinho lá o ditador? E quem é o gordinho ditador aqui do Maranhão?”, provocou o presidente.
No mesmo mês, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, ele insultou o governador, chamando-o de “comunista gordo”.
Na entrevista, o presidente Bolsonaro voltou a afirmar que o Supremo Tribunal Federal (STF) tirou a responsabilidade do governo federal sobre a pandemia, ao decidir que estados e municípios têm poder para impor regras de isolamento, quarentena e restrição de transporte e trânsito em rodovias em razão da Covid-19.