
Há semanas, o ministro da Justiça, Flávio Dino, tem enfrentado a direita raivosa com assertividade. O ex-governador do Maranhão se tornou meme na internet pela forma debochada, irônica e didática contra a horda raivosa do bolsonarismo tanto na Câmara quanto no Senado, casa para qual foi eleita.
Não faltaram vítimas ao repertório qualificado do senador licenciado e atual titular da Justiça e da Segurança Pública. Entre os deputados, André Fernandes (PL-CE), que invocou o JusBrasil e Deltan Dalgnol (UB-PR) foram enquadrados técnica e politicamente por Dino. Já no Senado, a “galinha pulando”, como se diz na Bahia, teve que ser segurada pelo ex-juiz Sérgio Moro, o qual Dino foi impiedoso e Marcos do Val, no episódio em que o ministro disse fazer parte dos Vingadores, numa alusão à franquia de filmes de super heróis da Marvel.
Claro que os gestos de Dino não passariam impune. O integrante do PSB despertou a ira dos militantes da extrema-direita, aqueles mesmos que falam em Deus, Pátria, Família e Liberdade. Mas com esses, o titular da Justiça e Segurança Pública tem vencido muitas batalhas, principalmente a das narrativas nas redes, usando, em alguns momentos, a linguagem coloquial em contraponto ao raso bolodório de seus opositores que apelam para mentiras exaustivamente repetidas a fim de que se tornem verdades absolutas.
Mas o incômodo gerado por Flávio Dino também tem chegado à Esplanada dos Ministérios e ao Palácio do Planalto. O senador licenciado é alvo do fogo amigo, pois há o receio de que tamanha exposição o transforme num player competitivo para 2026.
Reportagem do dia 11 de maio na Folha de São Paulo traz relatos em off de que “companheiros de governo” estão achando o maranhense “centralizador e gostando demais de aparecer”. Ora, claro que isso ia acontecer, uma vez que setores da esquerda sempre recorrem ao canibalismo para conter adversários internos.
Os ataques aliados a Dino são mostra de que o ministro da Justiça está de fato aparecendo demais e furando a bolha na opinião pública, o que não é nada bom para quem está em busca de protagonismo, mas não tem a habilidade do ex-governador do Maranhão, ex-juiz federal – que jamais teve sentença anulada – e atual senador e titular do Ministério mais evidente neste primeiro momento do terceiro Governo Lula.