
Segundo dados da OIT, jovens brasileiros ainda possuem dificuldade em ingressar no mercado de trabalho e em instituições de ensino
Um a cada quatro jovens não trabalha e não estuda no Brasil, afirma o jornalista Jamil Chade em coluna assinada para o UOL. Segundo ele, o números registrados se assemelham aos percentuais registrados em países do Norte da África e do Oriente Médio.
Em 2013, o desemprego atingia 15,7% dos jovens de 15 a 24 anos no Brasil. Em 2019, a média subiu para 27,8%. Para 2020 e 2021, a previsão é de que ela continue alta, ainda que caindo para 26,9% e 26,5%, respectivamente. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) registra que a situação na economia brasileira afeta de forma ainda mais severa os jovens.
Em países árabes, a taxa média é de 22% de desemprego entre os jovens, contra 29% no Norte da África, as situações mais dramáticas do mundo. Entre as mulheres brasileiras nessa parcela da sociedade, a situação é ainda mais grave. Ao final de 2019, 32,6% delas não trabalhavam. Até 2021, essa taxa deve cair para 30,6%.
A OIT também afirma que o desemprego entre os jovens no mundo atinge 13,6% dessa parcela da população, um número que vem crescendo ao longo dos últimos anos.
Em comparação, na América do Norte, o desemprego nessa parcela da população chega a 9%, contra 15% na Europa.
Sem trabalho, sem estudo
Os dados da OIT também destacam que a porcentagem de jovens que não trabalham, não estudam e nem fazem cursos técnicos atinge 23,5%. A média deve ficar nesse patamar em 2020 e 2021. Em 2013, essa era a realidade para 20% dos brasileiros.
No mundo, 267 milhões de jovens estão nesta situação e a OIT alerta que sistemas de ensino precisam ser repensados para evitar que jovens sejam treinados para setores que estejam passando por um processo de automatização.
Com informações do portal UOL.