
Com Plinio Teodoro
Desemprego segue alto, mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou uma queda de 0,6 ponto porcentual na taxa de desocupação no segundo trimestre de 2021 em relação aos três meses anteriores. Ainda há 14,4 milhões de brasileiros e brasileiras desempregados, 1,7 milhão a mais do que entre os meses de abril e junho de 2020.
Segundo dados divulgados nesta terça-feira (31), a taxa de desemprego no segundo trimestre de 2021 foi de 14,1% – frente aos 14,7% registrados no primeiro trimestre, quando haviam 14,8 milhões de desempregados no país.
No mesmo período em 2020, o Brasil tinha 12,8 milhões de pessoas sem emprego.
A população fora da força de trabalho ficou em 74,9 milhões de pessoas, uma queda de 2,1% (menos 1,6 milhão de pessoas) ante o trimestre anterior e de 3,7% (menos 2,9 milhões de pessoas) na comparação anual.
A população ocupada somou 87,8 milhões de pessoas, 2,5% a mais em relação ao trimestre anterior e 5,3% frente ao mesmo trimestre de 2020, quando 83,3 milhões de pessoas estavam ocupadas.
O nível da ocupação – percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar -, estimado em 49,6%, cresceu 1,2 pontos porcentuais frente ao trimestre móvel anterior e 1,6 ponto percentual ante igual trimestre de 2020.
Agenda de desmontes de Jair Bolsonaro
Enquanto isso, segue a todo vapor a agenda neoliberal do governo Bolsonaro de desmonte de direitos da classe trabalhadora. No último dia 10 de agosto, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da Medida Provisória (MP) 1045/21, que renova o programa de redução ou suspensão de salários e jornada de trabalho com o pagamento de um benefício emergencial aos trabalhadores, em razão da pandemia do coronavírus.
Leia também: MP reduz hora extra e atrasa aposentadoria de trabalhadores
A MP permite contratação de jovens sem vínculo trabalhista, sem férias, FGTS ou 13º salário. A medida também reduz o valor da hora extra de categorias com horário reduzido, além de dificultar a fiscalização contra o trabalho escravo.
O texto aprovado na Câmara ainda prevê a contratação de jovens de 18 a 29 anos com carga horária de 22 horas semanais e salário máximo de R$ 550 mensais, sem vínculo trabalhista por até dois anos. Também torna permanente a redução de jornada e salário em casos e calamidade.