
A sensação de que a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) está praticamente perdida para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez com que as doações de empresários do agro para o presidente ficassem abaixo do esperado.
Por conta disso, coordenadores da campanha liderados pelo senador Flávio Bolsonaro (PL) intensificaram a peregrinação de pires na mão para pedir dinheiro ao setor. O argumento deles é que a eleição ainda não está decidida e que é necessário que o setor abra a carteira.
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PL torrou fundo partidário
O PL, partido de Bolsonaro, já torrou os R$ 269 milhões do fundo eleitoral para financiar seus candidatos. De acordo com a coluna de Lauro Jardim, o presidente recebeu R$ 10 milhões da sigla. Já Lula tem R$ 66,7 milhões do PT. Simone Tebet recebeu R$ 30 milhões do MDB e Ciro Gomes tem R$ 10 milhões do PDT.
O desespero de Flávio surtiu algum efeito. A campanha de Bolsonaro recebeu R$ 390 mil em doações no final de agosto. Dias depois, Alessandro Nicoli doou R$ 100 mil. Seu grupo atua no cultivo de soja, milho e arroz em Mato Grosso.
Bolsonaro permanece rejeitado por mais da metade dos brasileiros, diz BTG/FSB
Pesquisa BTG/FSB divulgada nesta segunda-feira (5), aponta que 55% dos entrevistados rejeitam o presidente Jair Bolsonaro (PL), uma estabilidade com relação ao levantamento anterior.
Já a rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oscilou um ponto para cima na margem de erro e ficou em 46%.
O maior salto no índice de rejeição foi a de Simone Tebet (MDB) que saltou 6%, alcançando 36%. Ciro Gomes (PDT) teve um salto de 3%, e ficou com 49%.
A pesquisa realizou 2.000 entrevistas por telefone de 2 a 4 de setembro de 2022. Está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-01786/2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.