
Deputados ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitaram este final de semana para cometer abusos e infrações, sem medo de punição. O deputado estadual Filippe Poubel (PSL) e o deputado federal Laerte Bessa (PL) protagonizaram cenas lamentáveis para quem representa o povo. Poubel pilotava moto-aquática embriagado no Rio de Janeiro, enquanto Bessa, também alcoolizado, agride segurança de bar e tenta sair sem pagar a conta.
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Caso Filippe Poubel
O parlamentar estava em um quiosque na Praia de Camboinhas, em Niterói, neste sábado (5), acompanhado de seguranças.
Apesar de estar guiando as motoaquáticas, o grupo consumiu vodka e energéticos antes de deixar o local.
Minutos depois, o deputado voltou ao quiosque e exclamou para quem quisesse ouvir:
“A Marinha tá aí, me fudeu.”
Além de ter consumido bebidas alcoólicas, a Marinha exige habilitação para pilotar jet ski, de acordo com a coluna de Ancelmo Gois.
Acusado de agressão
Poubel foi acusado de agressão dentro da boate da qual é sócio em Cabo Frio, na Região dos Lagos, no início de janeiro. O engenheiro Carlos Eduardo Salvio registrou um boletim de ocorrência contra ele na 126ª.
“Entrei no estabelecimento, segundos depois, ele (Poubel) veio para cima de mim igual um maluco, falou que eu tinha feito um perfil fake para falar mal dele e do Capitão Diogo e do filho dele”, contou Carlos Eduardo.
Em nota, o deputado Filippe Poubel afirmou que “foi provocado e agredido dentro de seu estabelecimento comercial. Os esclarecimentos foram prestados à Polícia Civil. O deputado manifestou perante a autoridade policial seu desejo de representar criminalmente contra o agressor para responsabilização dos fatos”.
O deputado federal Laerte Bessa, membro do PL, mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, arrumou outra confusão (veja abaixo a anterior), desta vez no Bar Honoris Causa, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), em Brasília (DF), na noite desta sexta-feira (4/2).
Caso Laerte Bessa
O parlamentar foi acusado de agressão por um segurança do local, que impediu o político de sair sem pagar a conta.
A confusão foi gravada por clientes do local. No vídeo, o deputado – que está de camiseta amarela – discute com o segurança, que aparece de preto.
Gilberto de Sousa, 34 anos, o segurança que impediu que Bessa saísse sem pagar, afirmou ao Metrópoles que tratou o político como um cliente qualquer. “Para mim, ele é um cliente como todos os outros. Tem de mostrar a pulseira, igual todo mundo faz”, disse.
“Como ele é deputado, queria sair à força. Falei que ele tinha que pagar a comanda e ele tentou me chutar, veio para cima de mim. Falei que ele não iria sair e ele veio de novo”, narra Gilberto sobre a briga.
Gilberto contou que, apesar de resistir bastante, Laerte Bessa só deixou o local após pagar o que havia consumido.
Agressão a porteiro
Laerte Bessa foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), em setembro de 2021, a pagar R$ 20 mil em indenização por danos morais ao porteiro do condomínio onde mora por agredi-lo fisicamente e verbalmente.
Bessa é delegado aposentado e ex-chefe da Polícia Civil do DF. Ele se irritou porque o funcionário do prédio residencial, em Águas Claras, não permitiu a entrada de um motoboy com delivery, em novembro de 2019.
Com informações de Julinho Bittencourt da Revista Fórum e do jornal Metrópoles