
O primeiro debate entre candidatos ao Governo do Rio de Janeiro foi marcado pela presença do candidato a Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O candidato do PSB, Marcelo Freixo, ressaltou a necessidade de eleger o petista ainda no primeiro turno.
Por outro lado, o candidato bolsonarista, o atual governador Cláudio Castro (PL) sequer citou o nome de seu padrinho político, Jair Bolsonaro (PL), e se esquivou das referências feitas a ele.
O debate foi bastante marcado por essa polarização nacional e trocas de acusações com o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) e o deputado federal Paulo Ganime (Novo).
Leia também: Militares admitem que se preparam para fazer apuração paralela
Castro foi, ainda, vinculado ao seu antecessor, Wilson Witzel, de quem foi vice e Neves foi criticado por sua gestão na cidade de Niterói.
Freixo ressaltou a parceria com Lula para enfrentar o momento de crise que o Brasil atravessa. “Estou com Lula porque o Lula passou com fome. Sabe o que é isso e tem um compromisso para levantar o Rio de Janeiro”, disse.
Apesar do apoio de Bolsonaro, Castro não citou o presidente em nenhum momento do debate. “Amanhã, muita gente vai para internet. Eu vou acordar de manhã e trabalhar para cuidar da sua vida”, disse o governador.
Freixo, em diversas oportunidades, vinculou Castro a Bolsonaro e afirmou que juntos os dois colocaram o “Brasil e o Rio no mapa da fome”. “O Rio de Janeiro, talvez por sua proximidade com o Bolsonaro, foi onde mais morreu gente na pandemia.”
Ganime também criticou a postura de Castro por não defender as bandeiras de Bolsonaro. “O partido do vice dele declarou apoio a Lula. É estranho tudo isso”, criticou.
O atual governador também foi apontado por envolvimento no escândalo das folhas de pagamentos secretas da Fundação Ceperj. E foi, ainda, acusado de comprar apoio político de deputados e prefeitos por meio de progrfamas sociais.
“Você é culpado pelos fantasmas ou incompetente que não viu as pessoas ao seu lado roubando?”, questionou Freixo.
“Nenhum nem outro. Como você jamais administrou nada na vida, não sabe o que é ter problema em administração. Desde o primeiro momento criei uma comissão para investigar e eu fui ao Ministério Público propondo um Termo de Ajuste e Conduta para organizar o Ceperj. O que fizemos foi colocar política pública na rua”, respondeu Castro.