
Recife vai ter um Data Center e uma Estação de Aterrissagem (CLS – Cable Landing Station, no original) para cabo submarino. Serão investidos US$ 20 milhões (R$ 110 milhões) na construção do Centro de Processamento de Dados, que deve aumentar a competitividade da prestação de serviços em sete estados do Nordeste. A obra será realizada pelo consórcio de investidores Recife Co., em parceria tecnológica com a Seaborn Networks, empresa sediada em Boston, nos Estados Unidos.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (14), pelo governador do estado, Paulo Câmara (PSB).
A capital pernambucana já é conhecida por ter um dos principais ecossistemas tecnológicos do país, o Porto Digital, vai estar agora mais próxima de grandes empresas do segmento tecnológico e da comunicação com o aporte na infraestrutura.
A conexão que chegará ao Recife fará uma “ponte” com a estrutura já existente de 10,5 mil km de cabos do SeaBras-1, que começa em Nova Iorque e vai até Praia Grande, em São Paulo, pelo fundo do mar.
Vantagem competitiva
Com a economia recifense representada quase 60% pelo setor de serviços, a expectativa é que sua construção, aliado ao cabo submarino, passe a ser uma vantagem competitiva de Pernambuco para atrair empresas que ainda não estão instaladas no Recife, mas dependem de comunicação direta com as Américas, Europa e Ásia.
A previsão é de que as obras sejam iniciadas em maio do próximo ano, com perspectiva de iniciar as operações em janeiro de 2022. A expectativa do grupo de investidores é que o projeto, quando atingir sua maturidade, fature até R$ 320 milhões por ano.
Infraestrutura
O Data Center é o segundo passo dado pelo consórcio de investidores, após terem anunciado os cabos submarinos em setembro do ano passado. Os cabos vão conectar Pernambuco à internet global de alta performance e reduzir o custo pela contratação de conexão de baixa latência, ou seja, com mais velocidade.
As duas iniciativas juntas, significam a injeção de mais de US$ 60 milhões (R$ 330 milhões) em infraestrutura de ponta centralizada na capital pernambucana. Os cabos submarinos receberam um aporte de US$ 40 milhões (R$ 220 milhões) e serão construídos a partir de agosto de 2021.
Com informações da Folha de Pernambuco