
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), pedirá ao presidente Jair Bolsonaro para ajudá-lo a desconstruir, no segundo turno, a imagem de “bom gestor” de Eduardo Paes (DEM). Também será discutido entre os dois, nesta quinta-feira (19), a participação ativa de Bolsonaro na campanha, incluindo presença em eventos de rua. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
A ideia da campanha de Crivella é focar nos problemas financeiros que teria herdado ao assumir a prefeitura em janeiro de 2017, após dois mandatos de Paes. No entanto, os articuladores afirmam não se pretende fazer ataques pessoas ao adversário.
Em uma das transmissão ao vivo do “horário eleitora gratuito” realizadas por Bolsonaro antes do primeiro turno, ele deixou em aberto a possibilidade dos seguidores optarem por outro nome no Rio e ainda elogiou Paes, afirmando se tratar de um “bom administrador”.
Fontes afirmam que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) tem atuado para evitar a a aproximação pai com Crivella, o aconselhando a adotar um tom mais neutro no segundo turno.
“A exemplo do primeiro turno, eu não vou caminhar com ninguém. Mas quem vai decidir é o presidente da República. Se houver algum apoio, a decisão é dele”, afirmou ao jornal.
Após as derrotas de vários aliados nas eleições municipais, o único gesto feito por Bolsonaro no segundo turno foi em relação ao Delegado Eguchi (Patriota), candidato à prefeitura de Belém, que enfrenta Edmilson Rodrigues (PSOL).
No caminho contrário de Crivella, Capitão Wagner (PROS), candidato a prefeito em Fortaleza (CE), foge do apoio do presidente. Coordenador da campanha de Wagner, o senador Eduardo Girão (PROS) diz ele não pode ser chamado de “bolsonarista” e enfatiza votações em que o deputado federal não seguiu orientação do governo.