
Sobreviventes da Covid-19 têm um risco 59% maior de morrer dentro de seis meses após infecção, aponta um estudo publicado na quinta-feira (22), na revista científica Nature, uma das mais importantes do mundo.
No Brasil, nesta segunda-feira (26), foram registradas 1.279 mortes por Covid-19. Com isso, o país chegou a 392.204 óbitos pela doença. A média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias chegou a 2.451. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -20%, indicando tendência de queda nos óbitos decorrentes da doença.
Nenhum estado apresenta tendência de alta nas mortes por Covid-19. É a primeira vez que isso é registrado desde a criação do consórcio de veículos de imprensa, em julho de 2020. Esse bom indicativo era longamente esperado após os números muito altos dos últimos meses em todo o país, em março, o Brasil chegou a apresentar tendência de alta simultânea em 24 dos 27 estados.
Os números são do levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h desta segunda. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. No sábado (24), o mês de abril se tornou o mais letal da pandemia da Covid-19 no Brasil; e no domingo (25), as mortes pelo vírus registradas em 113 dias de 2021 superaram o número de mortes registrado em todo o ano de 2020.
Média de mortes nos últimos 7 dias
- Terça (20): 2.830
- Quarta (21): 2.787
- Quinta (22): 2.543
- Sexta (23): 2.514
- Sábado (24): 2.531
- Domingo (25): 2.498
- Segunda (26): 2.451
Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 14.370.456 brasileiros já tiveram ou têm o coronavírus, com 31.044 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 56.106 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de -21% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de queda nos diagnósticos.
Riscos a sobreviventes da Covid-19
Nesta quinta-feira (22), a Nature publicou estudo que aponta que sobreviventes da Covid-19 têm um risco 59% maior de morrer dentro de seis meses após infecção .A pesquisa sobre “Covid longa”, uma das maiores já feitas sobre as sequelas da infecção pelo vírus, revela que muitas pessoas estão sofrendo não apenas uma série de problemas de saúde depois da cura, mas também passam a ter uma chance maior de não sobreviver nos meses seguintes.
O estudo usou os bancos de dados nacionais de saúde do Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos para identificar as sequelas em até 6 meses após a infeção.
Segundo a pesquisa, foram identificadas sequelas no sistema respiratório e em vários outros, incluindo o sistema nervoso, além de distúrbios neurocognitivos, distúrbios de saúde mental, distúrbios metabólicos, distúrbios cardiovasculares e distúrbios gastrointestinais.
Mal-estar, fadiga, dores musculoesqueléticas e anemia também foram relatadas, e houve um aumento no uso de analgésicos (opioides e não opioides), antidepressivos, ansiolíticos, anti-hipertensivos e hipoglicemiantes orais.
Pesquisas reunidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que as mulheres são as que mais relatam complicações posteriores à infecção pelo novo coronavírus.
Com informações do Uol