
Caso não receba novas vacinas contra a Covid-19, o Brasil só tem produto disponível para começar a imunizar mais 2 milhões de pessoas. Ainda há 6,53 milhões de doses prontas para uso, mas 70% delas precisam ser aplicadas em quem já tomou a primeira dose, de acordo com dados reportados pelas secretarias estaduais de Saúde.
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Se mantido o ritmo de 250 mil doses de vacinas sendo aplicadas ao dia, em oito dias se esgotaria o estoque para novos vacinados. A perspectiva é indicada pelos números compilados pelo consórcio de veículos de mídia reunido para levantar dados sobre a pandemia, composto por O Globo, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo.
Assim, o país passaria seis dias aplicando o produto só em quem já tomou a primeira dose, até a chegada de novos lotes, que não deve ocorrer até o final do mês. No dia 25 de fevereiro, o Instituto Butantan prevê a entrega de mais 8,6 milhões de doses previstas da vacina CoronaVac. Já a produção da Fiocruz, que distribuirá o imunizante de Oxford, só deve ficar pronta em meados de março.
As cidades do Rio de Janeiro e Duque de Caxias já informaram que o estoque deverá interromper no próximo sábado a aplicação das primeiras doses da vacina. Além dos municípios fluminenses, relataram que têm seus estoques de vacina se esgotando as cidades de Salvador (BA), Juazeiro do Norte (BA) e Ourinhos (SP).
Como o número de vacinas distribuído a cada município foi estabelecido de acordo com o tamanho de suas populações prioritárias, como manda o Plano Nacional de Imunização (PNI), aqueles que foram mais rápidos em vacinar podem se ver obrigados a fazer uma pausa.
Até agora, apenas 0,05% da população brasileira de 212 milhões de habitantes recebeu a vacinação completa em duas doses. Uma parcela de 2,11% recebeu a primeira dose e aguarda a próxima, segundo os números levantados pelo consórcio de veículos de mídia.
Com informações do jornal O Globo