por: Laura Moschoutis Postado em: 14/05/2021 - 09:48 Atualizado em: 14/05/2021 - 10:25
O Brasil registrou nesta quinta-feira (13), 2.340 novas mortes por Covid-19 em 24 horas, totalizando 430.596 vítimas desde o início da pandemia. A média de mortes nos últimos 7 dias foi registrada em 1.917, abaixo de 2 mil pelo terceiro dia consecutivo e com variação na média móvel, em comparação à média de 14 dias atrás, de -24%, ainda maior que a registrada na quarta e maior queda percentual desde o dia 11 de Novembro de 2020.
Com os números de quinta, já se completam 113 dias que mais de mil brasileiros, na média móvel, perdem a vida diariamente para a Covid-19. A média ficou acima de 2 mil por 55 dias.
Os números são do levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h desta quinta. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
Leia também: CPI da Pandemia: governo recusou cinco ofertas de vacinas da Pfizer
Média de mortes essa semana
- Sexta (7): 2.158
- Sábado (8): 2.131
- Domingo (9): 2.092
- Segunda (10): 2.087
- Terça (11): 1.980
- Quarta (12): 1.944
- Quinta (13): 1.917
Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 15.436.827 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 75.141. desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 61.115 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de 0% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade nos diagnósticos.
Dados dos Estados e do Distrito Federal
Nenhum estado apresenta tendência de alta nas mortes pelo segundo dia consecutivo e aumenta o número de estados em queda. É a primeira vez na pandemia que se registram tantas unidades federativas com óbitos em queda simultaneamente.
Em estabilidade (5 estados): RO, BA, PB, PI e SE
Em queda (21 estados e o Distrito Federal): PR, RS, SC, ES, MG, RJ, SP, DF, GO, MS, MT, AC, AM, AP, PA, RR, TO, AL, CE, MA, PE, e RN
Vacinação contra a Covid-19 segue lenta
Balanço da vacinação contra Covid-19 desta quinta aponta que 37.744.357 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa 17,82% da população brasileira.
A segunda dose já foi aplicada em 18.807.027 pessoas (8,88% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.
No total, 56.551.384 doses foram aplicadas em todo o país.
Anvisa autoriza testes de vacina indiana no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta os testes da vacina contra Covid-19 Covaxin (BBV152) em voluntários no Brasil. De acordo com a Anvisa, a solicitação do estudo foi feita pela empresa Precisa Farmacêutica, que é parceira da fabricante da vacina, a empresa de biotecnologia indiana Bharat Biothec.
No Brasil, a Covaxin ainda não conseguiu a certificação de boas práticas, emitido pela Anvisa. Entre os problemas apontados estão questões sanitárias, de controle de qualidade e de segurança na fabricação da vacina, certificação que é requisito para registro de medicamentos ou vacinas no país.
A negativa da Anvisa tem afetado o cronograma de doses previstas pelo Ministério da Saúde, que assinou um acordo para compra de 20 milhões de doses do imunizante em fevereiro.
Coquetel emergencial contra a Covid-19
A Anvisa também aprovou o uso em caráter emergencial de um novo coquetel de anticorpos para o tratamento de pacientes com covid-19. A avalição técnica aponta que o uso combinado dos medicamentos Banlanivimabe e Etesevimabe, da empresa Eli Lilly do Brasil, traz benefícios para casos em estágios iniciais, ainda que sob algumas incertezas. Conforme os técnicos da Agência, as medicações têm eficácia maior quando empregadas conjuntamente, podendo reduzir em até 70% a incidência da Covid-19.
A medicação, indicada para casos que ainda não tenham progredido para um quadro grave mas tenham elevado risco de progressão é contraindicada em casos graves da doença, podendo inclusive piorar o quadro. A medicação poderá ser aplicada somente em hospitais e não será comercializada.
Com informações de Agência Brasil e G1
