
Foto: Amazônia Real/Agência Pública
O Brasil fechou o mês de abril como o pior em número de mortos pela Covid-19 desde o início da pandemia. Foram registrados 82.401 óbitos somente nos últimos trinta dias, o que elevou para 404.287 mil o total de vítimas do Coronavírus no país.
Conforme dados do Consórcio de Veículos de Imprensa, abril se converteu, assim, no mês mais letal para os brasileiros. Além disso este é o segundo mês com recorde consecutivo no total de vítimas do coronavírus no país.
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O Consórcio é uma ação conjunta de veículos de comunicação para copilar e divulgar, de maneira consolidada, dados das secretarias estaduais de saúde sobre a doença. Esta iniciativa foi uma resposta à decisão do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso aos números de mortos pela pandemia e focar apenas no total de recuperados.
Média móvel por Covid-19 acima dos 2 mil óbitos diários
Somente nos últimos 45 dias foram mais de 2 mil pessoas enterradas, diariamente, por complicações decorrentes da Covid-19. Da mesma maneira, a média móvel dos últimos 100 dias também assusta. Ela se manteve acima dos 1 mortos por dia.
O estado de Minas Gerais chama atenção por acumular recordes consecutivos de mortos desde janeiro. Enquanto isso, Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins atingiram o segundo mês consecutivo de recorde nas mortes pela pandemia.
Apenas sete estados da federação conseguiram registrar menos mortos pela doença em abril do que em março. Integram esta lista Bahia, Paraíba, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina, além do Amazonas.
Lockdown e vacina começam a fazer efeito no Amazonas
No caso do Amazonas, as medidas de lockdown, a chegada de vacinas, ainda que escassas, e o percentual de imunidade adquirido por parte da população contribuíram para uma queda de 47% no total de mortes em relação a março. Já em relação a janeiro, houve queda de 78%. A avaliação é da pesquisadora em medicina da Universidade de São Paulo (USP), Ester Sabino.
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Atualmente o estado se encontra em fase de alerta laranja, isto é, situação de “risco moderado” para a transmissão do vírus.
Desde o ano passado, entretanto, os amazonenses convivem com picos alternados de caos na saúde. Por mais de uma vez o estado foi destaque internacional pela situação alarmante que atingiu em decorrência da pandemia. Primeiramente pelo número de mortos. No entanto, a ausência de insumos, que levou vários doentes a falecerem por asfixiados chamou atenção do mundo.
Entre janeiro e março deste ano, a capital do estado teve 4.430 mortes e o número de enterros cresceu seis vezes em comparação a 2020.
Com informações do G1