
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), anunciou que, se for reeleito, vai encaminhar um projeto de lei que proíbe a contratação de pessoas que tenham cometido qualquer ato de agressão contra mulheres no Espírito Santo.
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A proposta foi apresentada nesta segunda-feira (24) no podcast Movimento 40, em um bate-papo com Fayda Belo, a advogada especialista em crimes de gênero, direito antidiscriminatório e feminicídios, que sugeriu a lei.
Casagrande falou sobre a cultura da violência que precisa ser combatida. “Tem uma cultura, numa parcela da sociedade, de que tem que deixar para lá briga de marido e mulher, mas ninguém pode sofrer violência. Aqui no Espírito Santo nós trabalhamos para que ninguém sofra violência”, declarou o candidato. Confira a transmissão completa abaixo:
Ações de enfrentamento a violência contra mulheres no ES
No podcast, apresentado pelo jornalista Philipe Lemos e transmitido ao vivo pelas redes sociais de Casagrande e de outros apoiadores, a advogada lembrou a atuação do governador no enfrentamento aos crimes contra as mulheres no Espírito Santo.
A gestão socialista no Estado fortaleceu a Divisão Especializada de Atendimento à Mulher da Polícia Civil, assinou o Pacto Estadual pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e criou o programa Mulher Segura ES para vítimas de violência doméstica. Também desenvolveu o programa socioeducativo Homem que é Homem, idealizado por psicólogas e assistentes sociais da Polícia Civil para prevenção e redução da cultura de violência.
Durante a entrevista, a postura do candidato adversário, Carlos Manato (PL), também foi lembrada. Ele não denunciou as agressões de um ex-assessor contra a própria esposa e ainda afirmou, em debate ao vivo, que as agressões “não eram problema dele”.
Fayda Belo ainda elogiou a capacidade de diálogo e de formação da equipe de Casagrande. “Tem que governar para todo mundo, o que a gente não pode é excluir. A gente precisa ouvir as comunidades e ter no corpo técnico do governo gente que entenda as diversidades da sociedade. Continue incluindo as pessoas”, disse a criminalista.