
Em entrevista à Rádio Metrópole de Salvador, o pré-candidato a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que se for eleito não irá buscar a reeleição para ter um novo mandato em 2026.
“Daqui a quatro anos a gente vai ter gente nova disputando as eleições. Quero deixar o país preparado”, disse o petista.
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A declaração foi percebida como mais uma sinalização de que o PT não irá buscar, necessariamente, a permanência no poder.
“Eu não vou ser um presidente da República que está pensando na sua reeleição. Daqui a 4 anos, a gente vai ter gente nova disputando eleições. Vai ter gente nova sendo candidato à presidente”, reforçou Lula.
Se eleito, Lula tomará posse aos 77 anos e terá 81 ao final do mandato, o que faz com que a declaração tenha ainda mais força. O petista deve fazer um governo de transição com a promessa de encerrar o bolsonarismo e retomar a normalidade do Estado Democrático de Direito.
A promessa também torna o provável terceiro mandato de Lula mais propício a realizar uma reforma política que acabe com a reeleição.
A sinalização de Lula é também uma esperança para outros políticos do campo democrático. Como o próprio pré-candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB); Jacques Wagner (PT); Fernando Haddad (PT); Flávio Dino (PSB). E até mesmo adversários políticos como Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT).
Para todos os políticos do campo democrático, será mais fácil disputar após quatros anos de um possível governo Lula-Alckmin do que se houver a continuidade do bolsonarismo.
Lula prometeu também que írá revogar todos os decretos de sigilo que foram impostos pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) por meio da Lei de Acesso à Informação.
Como, por exemplo, o decreto que concedeu cem anos de sigilo ao processo administrativo aberto contra o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.