
Em 2006, ainda durante o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cada brasileiro consumia, em média, 42,8 kg de carne bovina por ano.
A previsão é, em 2022, essa quantidade seja reduzida para 24,8 kg por pessoa, o que representa o menor nível dos últimos 26 anos.
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A estimativa é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que iniciou o levantamento em 1996 e mostra que nos últimos dez anos, a maior taxa de consumo de carne bovina foi registrada em 2013 e era de 38,3 kg por pessoa.
Em 2021, os números da Conab já haviam demonstrado uma queda histórica no consumo de 26,8% em todo o Brasil.
O cálculo da Conab é feito da disponibilidade do produto que é resultado da subtração do volume exportado de carne do que é produzido nacionalmente e importado.
A catastrófica política econômica de Guedes e Bolsonaro
A fome e a insegurança alimentar no Brasil é resultado da política econômica de Jair Bolsonaro (PL) e do ministro da Economia, Paulo Guedes, com a devastação dos direitos trabalhistas; a inflação e os juros de dois dígitos; a perda de renda generalizada e o desmonte de políticas públicas.
O resultado é um impacto direto na saúde e na qualidade de vida de casa brasileiro, incluindo os produtores. Isso porque quando cai o consumo, a produção decai. De acordo com a Conab a produção de carne bovina é de 8,115 milhões de toneladas, o que representa a menor produção dos últimos 20 anos.
A Conab estima aumento de 15% desse tipo de comércio de carne bovina, para 2,84 milhões de toneladas, máxima histórica, contra quase 2,5 milhões em 2021.
Isso ajuda a explicar porque os preços estão em patamares elevados, apesar da queda da demanda interna. Já as exportações de carne de frango devem crescer 6%, batendo um novo recorde, com 4,7 milhões de toneladas.