
O Congresso Nacional deve sabatinar nos próximos dias o novo ministro da Educação do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro. Antes mesmo da nomeação dele, na última quinta-feira, um pedido de convocação do professor e pastor já circulava na Câmara.
Autor da proposta, o deputado federal Professor Israel Batista (PV-DF) explicou que o requerimento para sabatinar foi motivado pela falta de coordenação dos ex-ministros do governo Bolsonaro que ocuparam a pasta. O requerimento conta com mais de 100 assinaturas, entre as quais, as de Tabata Amaral (PDT-SP), Alessandro Molon (PSB-RJ) e Zé Silva (Solidariedade-MG).
“Nossa intenção não é intimidar ou fechar o cerco, mas abrir o diálogo e ter a certeza de que as pautas do MEC serão baseadas em mais ação e menos discursos ideológicos que só geram curtidas nas redes e nada resolvem”, esclarece Israel Batista.
Pouco conhecido no meio, Milton Ribeiro defendeu o ensino público, o “diálogo com educadores” e o Estado laico, no discurso de posse, na última quinta-feira.
Mas não tocou em temas urgentes do setor, como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os desafios impostos pela covid-19.
Para tratar de assuntos como esses é que os deputados pretendem sabatinar o quarto ministro da Educação do governo Bolsonaro.
“É um momento importante, também, para que ele ouça o que os parlamentares da educação consideram medidas prioritárias”, pontua.
Ele avisa que cobrará do ministro um planejamento estratégico para a Educação.