
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse ontem que “começa a tomar forma” no governo a ideia de permitir a participação da Huawei na implementação da rede 5G no país. Diferente da ala ideológica do governo, Mourão defende parceria com empresa chinesa para não aumentar o custo dos consumidores.
Leia também: ‘Brasil está metendo os pés pelas mãos’ com a China, diz ex-embaixador em Pequim
Durante palestra a convite da Associação Comercial de São Paulo, o VP chegou a reforçar a importância da China no mercado. “Das cinco principais empresas do mundo [que fornecem infraestrutura para 5G], as duas maiores são chinesas”, argumentou.
Em entrevista ao Valor Econômico, Mourão reforçou seu posicionamento em defesa a empresa. “Se por um acaso dissessem que a Huawei não pode fornecer equipamento, vai custar muito mais caro, porque vai ter que desmantelar tudo que tem aqui, porque ela não fala com os equipamentos das outras. E quem é que vai pagar esta conta? Somos nós, consumidores”, finalizou.
Os defensores da abertura para a China citam que limitar a parceria a apenas duas fornecedoras, a sueca Ericsson e a finlandesa Nokia, encarece a tecnologia e pode atrasar a sua implantação.
Ainda segundo a reportagem, o presidente Jair Bolsonaro está inclinado a aceitar a Huawei, mas também deu sinal verde para se estudar um decreto presidencial que poderia dificultar a operação da chinesa. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, era o maior fator para o banimento da Huawei no Brasil, no entanto, ele perderá sua influência no dia 20 de janeiro.
Com informações do Valor Econômico