
Em meio à escalada da rejeição ao governo durante recorde de mortes por Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) solicitou um levantamento do espaço que os partidos têm no seu governo, com o objetivo de assegurar lealdade, afirmou reportagem da CNN Brasil.
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Além disso, o retorno do ex-presidente Lula à arena eleitoral trouxe a possibilidade de parte da base flertar com o petista. Há uma especial preocupação com o PL, de Valdemar da Costa Neto, que tem mandado recados de que deseja ocupar um ministério sob pena de liderar um “motim” na base do governo Bolsonaro. De acordo com o PT, o próprio Valdemar falou com integrantes do partido parabenizando Lula pelo seu discurso.
Interlocutores do presidente, que admitem que governo vive “seu pior momento”, afirmam que há a possibilidade de abrir mais espaço à legenda, mas não no curto prazo. Eles pretendem esperar por mais tempo, quando o cenário eleitoral de 2022 estiver mais claro.
O incômodo no PL é com o fato de alguns dos seus parceiros com menor bancada do que a legenda terem postos de mais destaque no governo do que os liberais. Caso do Republicanos, que ganhou recentemente o ministério da Cidadania; e do PSD, que ocupa hoje a pasta das Comunicações. Além do PP, que embora não tenha ministérios, ocupa autarquias importantes, como o bilionário Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
No ‘cardápio dos ministérios’, oferecido em troca de lealdade, o governo debate a oferta do Ministério do Turismo, uma vez que seu atual ocupante não integra nenhum partido. O ministro Gilson Machado é um amigo de Bolsonaro.
Com informações da CNN