
Exonerado oficialmente do Ministério da Saúde ontem, o general Eduardo Pazuello deve se apresentar ao ministro da Defesa, Fernando Azevedo, nesta quarta-feira (24) para avaliar as possibilidades onde ele poderá se alocar na pasta ou no Exército. Há pelo menos três possibilidades fora do serviço militar sendo avaliadas pelo governo federal.
Segundo reportagem da CNN Brasil, entre as possibilidades avaliadas por Jair Bolsonaro (sem partido) estava a de criar o Ministério Extraordinário da Amazônia e indicar Pazuello como o titular da pasta para manter o foro privilegiado do militar no Supremo Tribunal Federal (STF), onde ele responde a inquérito sobre sua atuação na pandemia. Também foram analisadas uma secretaria especial para cuidar do programa de Parcerias e Investimentos (PPI) ou a assessoria especial do presidente da República.
A reação negativa dentro do próprio governo e a péssima repercussão no mercado, no entanto, fizeram o presidente reavaliar a nomeação do general para o comando do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Durante a pandemia, após a passagem fugaz de dois ministros da Saúde, Pazuello foi o maior aliado de Bolsonaro. Após meses ignorando evidências científicas e seguindo as ideologias do mandatário, o país agora vive o pior momento da doença e nessa terça-feira (23) registrou mais de 3 mil mortes em um dia.
Com a pressão para empossar logo o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em meio ao colapso da saúde, nenhuma das possibilidades para Pazuello, porém, consolidou-se a tempo. A tendência agora é a de que ele se torne assessor especial do ministro da Defesa, que ainda vai decidir quais serão suas atribuições específicas.
O motivo é que o Exército vê com ressalvas um retorno imediato dele às Forças Armadas por avaliar que sua presença vincula a tropa à gestão conduzida no Ministério da Saúde. Além disso, para que ele retorne, é necessário que haja vaga de general em aberto, o que, segundo o próprio Exército, não existe.
Com informações da CNN Brasil