
O ex-ministro e pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT), que praticamente toda semana desfere ataques a Lula e ao PT, afirmou neste sábado (13) que a ruptura de sua legenda com o partido do ex-presidente a nível nacional não partiu dele.
A declaração foi dada à rádio CBN durante inauguração de obra no Ceará com o governador Camilo Santana (PT). No estado, PT e PDT mantêm aliança.
Segundo a CBN, o pedetista afirmou que, se dependesse dele, não haveria ruptura entre as siglas e elas seguiriam como “eternas aliadas”.
Na mesma entrevista, Ciro disse ainda que a virtual candidatura de Sergio Moro (Podemos) à presidência é “um factoide político e deve se desfazer como fumaça”.
Em ao menos três dos seis estados em que o PDT de Ciro Gomes terá candidato a governador, os pré-candidatos do partido vão abrir palanque para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. São eles Rodrigo Neves, no Rio de Janeiro; Weverton Rocha, no Maranhão; e Edvaldo Nogueira, em Sergipe.
Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, afirmou ao UOL que respeita a realidade política local. “Ninguém está acorrentado no processo político”, disse.
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Lupi admitiu ainda em entrevista nesta sexta-feira (12) que o partido estará com Lula (PT), caso Jair Bolsonaro (Sem partido) vá para o segundo turno das eleições 2022. O ex-presidente vence o atual presidente em todos os cenários, de acordo com pesquisas recentes.
“No primeiro turno não vejo possibilidade. Agora, no segundo turno é outra eleição. Vamos ver quem é o adversário. Se for Bolsonaro ou seus representantes, com certeza, não estaremos com Bolsonaro, estaremos com Lula”, afirmou Lupi.
Por Ivan Longo, da Revista Fórum