
A China acaba de proibir o lucro com a educação. O país divulgou novos regulamentos que proíbem empresas que oferecem conteúdo de currículo escolar de obter lucro, captar fundos ou abrir o capital. A medida impactou diretamente empresários que lucram com produtos educacionais como, por exemplo, Larry Chen, um ex-professor que se tornou uma das pessoas mais ricas do mundo.
Chen, fundador, presidente do conselho e CEO da Gaotu Techedu, agora tem uma fortuna de US$ 336 milhões, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg. As ações da empresa de aulas particulares online de Chen caíram quase 65% nas negociações em Nova York na sexta-feira em reação à revisão regulatória.
A proibição, anunciada no sábado (24), representa outro revés para Chen, cujo patrimônio encolheu mais de US$ 15 bilhões desde o fim de janeiro diante da desvalorização das ações da Gaotu. Ele perdeu o status de bilionário em meio aos controles da China sobre o setor de educação privada.
“A Gaotu cumprirá os regulamentos e cumprirá as responsabilidades sociais”
Larry Chen
Não ao lucro com educação
A fortuna do diretor-presidente da TAL Education, Zhang Bangxin, encolheu em US$ 2,5 bilhões, para US$ 1,4 bilhão, na esteira da queda de 71% das ações em Nova York na sexta-feira. O presidente do conselho da New Oriental Education & Technology, Yu Minhong, também perdeu o status de bilionário: a fortuna do empresário foi reduzida em US$ 685 milhões, o que avalia sua participação em US$ 579 milhões depois que o preço das ações despencou 54%.
As duas empresas divulgaram comunicados semelhantes, prometendo cumprir as novas regras. Gaotu e TAL não responderam a pedidos de comentário sobre o impacto nas fortunas. A New Oriental não quis comentar.
É o novo capítulo de uma impressionante ascensão e queda de Chen, que fundou a Gaotu, anteriormente chamada GSX, em 2014. O preço da ação multiplicou por mais de 13 desde a estreia da empresa na bolsa em 2019 e atingiu uma máxima em 27 de janeiro.
Mas, desde então, as ações da Gaotu se desvalorizaram 98%, também golpeadas pelo colapso de um investidor, a Archegos Capital Management de Bill Hwang.
Exigências bancárias
O family office de Hwang montou posições altamente alavancadas na Gaotu e em outras empresas usando swaps. Quando algumas dessas ações caíram, os bancos exigiram garantias que Hwang não tinha como fornecer. Com isso, venderam grandes blocos de ações da Gaotu e outros papéis. A ação da Gaotu chegou a cair 56% em um dia.
Em setembro, a empresa informou que estava sendo investigada pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, e investidores que apostam na baixa de certas ações, como a Muddy Waters, de Carson Block, questionaram os negócios da companhia.
O maior controle da China sobre o setor de aulas particulares e educação online, que movimenta de US$ 100 bilhões, atingiu investidores como Tiger Global Management e Temasek, já que as plataformas perderam a capacidade de abrir o capital, dificultando a saída dos investidores e banindo o capital estrangeiro do segmento.
A reforma também pesará sobre os maiores players do setor nos próximos anos, disse em relatório no domingo Catherine Lim, analista sênior da Bloomberg Intelligence, referindo-se à New Oriental e à TAL. As perdas operacionais “só devem piorar”, previu.
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Autorreforma e a educação
De acordo com a proposta de Autorreforma do PSB, a educação é elemento fundamental do processo de construção da autonomia dos sujeitos, do exercício da cidadania, que significa a emancipação cidadã. Segundo os socialistas, é imprescindível assegurar que a educação seja vista como estratégia central na execução de um Projeto Nacional de Desenvolvimento, que organize e realize os desejos de construção de uma sociedade justa, fraterna e inclusiva, em que todos possam viver, trabalhar e ser felizes, numa economia que valorize e privilegie o conhecimento.
“O PSB defende a necessidade de estruturação de programas que resultem na superação do quadro atual, em que os resultados alcançados pela educação pública, nas últimas décadas, demonstram a incapacidade de o Estado brasileiro garantir o processo de aprendizagem e de permanência na escola, dos brasileiros mais pobres”
Autorreforma PSB
O partido propõe ainda uma educação de qualidade, sem a qual os segmentos menos favorecidos da população serão excluídos do mercado de trabalho e dos processos produtivos da economia do conhecimento, e precisarão continuar – como o fazem na atualidade , recorrendo a subempregos para sobreviver cotidianamente.
Ainda segundo as teses da Autorreforma, o espaço público da educação necessita ser fortalecido e ampliado no Brasil, por meio do aumento de aporte de recursos, que permita o aprimoramento na formação de professores e a construção de ambientes escolares compatíveis com as exigências da atual realidade imposta pelo desenvolvimento das novas tecnologias.
Com informações do Money Times