
Nesta quinta-feira (22), o ministério das Relações Exteriores da China se posicionou após o presidente Jair Bolsonaro cancelar a compra de 46 milhões de doses da vacina para o coronavírus produzida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. As informações são do jornal Estadão.
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Durante coletiva, Zhao Lijian, porta-voz do órgão, defendeu a eficácia do imunizante e exortou o governo brasileiro a continuar trabalhando em parceria com o país asiático.
“Acreditamos que a cooperação relevante contribuirá para a derrota completa da epidemia na China, no Brasil e para as pessoas de todos os países do mundo”, disse Lijian.
O representante da pasta destacou que as pesquisas clínicas chinesas estão em “uma posição de liderança”. Segundo ele, quatro fórmulas entraram na fase 3 dos ensaios em vários países. Zhao Lijian também reforçou o compromisso de tornar o imunizante um bem público global, a fim de contribuir para “disponibilidade e acessibilidade das vacinas nos países em desenvolvimento”.
Embaixada da China
A embaixada da China no Brasil também se manifestou, na quarta-feira (21), sobre os ataques de Bolsonaro, que se referiu ao imunizante como “vacina chinesa de João Doria”. A manifestação da embaixada evita a polarização declarada pelo presidente, entre o seu governo e o governador de São Paulo.
“A China cumprirá o seu compromisso de tornar as vacinas chinesas num bem público global depois de se concluírem as devidas pesquisas e aprovações. Vai fornecer com prioridade aos países em desenvolvimento e fazer contribuição chinesa para garantir a acessibilidade e disponibilidade de vacinas aos países em desenvolvimento”, disse a missão diplomática em um comunicado.
A embaixada também declarou que os ensaios clínicos da CoronaVac estão avançando no Brasil e que espera que os resultados sejam positivos. “Qualquer vacina, quando tiver sua segurança e eficácia comprovada, será valiosa para proteger as populações do mundo, incluindo a do Brasil”.
Com informações do Estadão