
Quase dois anos depois do ataque do general Augusto Heleno, hoje ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, que na campanha eleitoral dizia ser o Centrão “a materialização da impunidade”, os generais do Palácio do Planalto estão envolvidos em negociações de cargos com o grupo.
No receio de evitar a abertura de um processo de impeachment de Bolsonaro, a ala militar deu as mãos ao Centrão. Ironicamente, a aliança dos generais com esse grupo político está sendo chamada em Brasília de “Centrão Verde-Oliva”.
A negociação, com aval de Bolsonaro, tem sido costurada pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo e general da ativa, Luiz Eduardo Ramos.
Contudo, o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, também general, eventualmente participa das conversas que ocorrem dentro do Palácio do Planalto, informa o Estadão.
O principal negociador do Centrão é o líder dos Progressistas na Câmara, o deputado Arthur Lira (AL), que informalmente passou a exercer a liderança do governo. O Centrão de Bolsonaro ainda tem Republicanos, PL, PSD, Solidariedade, PTB e parte do DEM.