Centrão protege Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética

Em meio à paralisia no conselho, Eduardo subiu o tom na retórica autoritária 

A análise das declarações de Eduardo Bolsonaro, no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, sobre a volta de um novo AI-5, completa seis meses de paralisia nesta sexta-feira (5). Em 5 de dezembro de 2019, o deputado Igor Timo (Podemos-MG) foi escolhido relator do caso e desde então não houve progresso.

Procurado pela Folha, Igor não quis dizer se já chegou a uma conclusão ou quando exatamente apresentará seu relatório, limitando-se a afirmar que ainda está trabalhando nele.

O deputado também afirmou que as novas falas do filho do Bolsonaro serão levadas em conta, se referindo a live onde Eduardo afirma que é preciso agora saber não “se” haverá uma ruptura com o Congresso, mas “quando” ela ocorrerá.

Segundo a Folha, o deputado Igor Timo afirmou que está à espera de que o presidente do Conselho de Ética, Juscelino Filho (DEM-MA), marque sessão para que ele apresente o relatório. Juscelino disse, porém, o contrário. Que é preciso a apresentação do relatório para que ele possa marcar a sessão de análise.

A família Bolsonaro é campeã de incursões no Conselho de Ética da Câmara, mas nunca houve punição. O presidente Jair Bolsonaro é alvo de quatro representações e seu filho 03, Eduardo Bolsonaro, já recebeu cinco, desbancando do pai.