
Por Julinho Bittencourt
O Centrão mandou um claro recado para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido): os partidos não apoiarão uma ruptura democrática. As siglas que compõem o grupo afirmaram que, se houver invasões no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Senado, o impeachment sai da gaveta.
De acordo com reportagem de Naian Lopes, no DCM, a decisão é praticamente unânime. Uma fonte revelou ainda que o recado foi dado com o crivo de Arthur Lira, presidente da Câmara. Ele vem levando tudo a banho maria, mas deixou claro que reagirá a altura se houver invasões.
Quem levou o recado a Bolsonaro foi Ciro Nogueira. O ministro da Casa Civil explicou a Bolsonaro que ele irá perder a guerra de braço se tentar dar um golpe. O próprio Ciro explicou que o Congresso não o apoiará, o STF muito menos e, sem apoio popular, a situação sairá do controle.
Bolsonaro, no entanto, não está preocupado. Para ele, se houver apoio maciço, ele consegue desenrolar uma ação incontrolável e não haverá muito o que fazer. Mesmo assim, o presidente jurou de pés juntos que não pretende dar um golpe e não apoia nenhum tipo de invasão.
Ameaças do centrão funcionaram?
Bolsonaro fez novas ameaças de golpes durante o discurso que fez em um carro de som para seus apoiadores, nesta terça-feira (1º), em Brasília. Embora sem citar nomes, Bolsonaro ameaçou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux. Até o momento, no entanto, não houve registro de ataques físicos às instituições.
No carro de som na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro falou cercado pelos ministros ministros da Defesa, Walter Braga Netto; do Trabalho, Onyx Lorenzoni; da Justiça, Anderson Torres, e do vice-presidente Hamilton Mourão.
No discurso, Bolsonaro também atacou o ministro do STF Alexandre de Moraes também sem citar o nome do ministro.
Com informações do DCM