
Um grupo composto por centenas de advogados e juristas vai lançar uma palavra de ordem para ser incorporada pela comunidade jurídica a favor da saída de Jair Bolsonaro (sem partido) da Presidência da República. A frase “Basta, genocida. Renuncie!” dirigida ao presidente, já está circulando nas redes sociais e promete assombrar o chefe do executivo nacional de forma contundente.
Leia também: Senador pede impeachment de Bolsonaro em ‘legítima defesa dos brasileiros’
A ideia do coletivo é somar ao movimento que está sendo realizado por meio das redes sociais desde os ataques da família Bolsonaro à Felipe Neto. Após chamar o presidente de “genocida”, o youtuber foi intimado a depor na Polícia Federal, com base na Lei de Segurança Nacional.
“Genocida” desde maio de 2020
O grupo já havia assinado o protesto “Basta” no ano passado, em defesa das instituições democráticas brasileiras que vêm sendo sistematicamente atacadas por Bolsonaro e seus aliados. Nomes fortes da área jurídica do país como Antonio Claudio Mariz de Oliveira, Dalmo Dallari, Celso Lafer, Marcos da Costa, Mario Sergio Duarte Garcia, Pedro Gordilho, Sebastião Tojal e Cláudio Lembo subscreveram o documento. Também assinam os textos os ex-ministros da Justiça José Carlos Dias, José Gregori e José Eduardo Cardozo.
Leia também: MP pede que Bolsonaro seja afastado da gestão da crise da Covid-19
O manifesto publicado em 30 de maio de 2020 afirma que Bolsonaro atenta contra os poderes Legislativo e Judiciário, além de atacar o Estado de Direito. No texto, os juristas também apontaram crimes de responsabilidade do presidente, que poderiam justificar um pedido de impeachment. Por fim, o chamaram pela alcunha que hoje faz o clã Bolsonaro invocar leis dos tempos da ditadura.
Leia também: Promotoria do DF recomenda que policiais não prendam manifestantes com uso de lei da ditadura
“O país é jogado ao precipício de uma crise política quando já imerso no abismo de uma pandemia que encontra no Brasil seu ambiente mais favorável, mercê de uma ação genocida do presidente da República”, afirmam.