
Controlada pela espanhola Iberdrola, a Neoenergia, vencedora do leilão da Companhia Energética de Brasília (CEB), tem 13,7 milhões de clientes distribuídos pelos estados da Bahia, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte e no interior de São Paulo, por meio da Elektro.
A Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI) e o Banco do Brasil Investimentos são acionistas da empresa. Com forte atuação no segmento de fontes renováveis, a Neoenergia é dona de parques eólicos na Bahia, no Rio Grande do Norte, Paraíba e usina solar em Fernando de Noronha (PE).
Leilão
O leilão da CEB ocorreu na manhã desta sexta-feira (4), na Bolsa de Valores de São Paulo, em disputa acirrada. Venceu a Bahia Geração de Energia, que faz parte do grupo Neoenergia, por R$ 2,515 bilhões, um ágio de 76,63% em relação ao valor inicial de R$ 1,4 bilhão.
Houve uma concorrência com a CPFL Comercialização de Energia Cone Sul que chegou a oferecer R$ 2,508 bilhões. A Equatorial Participações e Investimentos apresentou apenas o lance inicial de R$ 1,4 bilhão.
O governador Ibaneis Rocha (MDB), o presidente da CEB, Edison Garcia, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o secretário de Economia do DF, André Clemente, acompanharam o leilão na capital paulista.
Embate judicial
As decisões são desta quinta-feira (3). O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou ação ajuizada por cinco deputados distritais. A Corte considera que a venda da estatal pode ocorrer sem aval da Câmera Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Em contrapartida, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) acatou ação impetrada por senadores, deputados distritais e federais, que pede a interrupção do leilão. De acordo com a decisão, concedida em caráter liminar (urgência), a autorização da privatização da CEB Distribuição deve ser suspendida.
Apesar do impasse judicial, ocorreu o leilão. A reportagem entrou em contato com a CEB, porém, não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Com informações do Correio Braziliense e G1