
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), avaliou como positivo o resultado do primeiro turno das eleições municipais. Em entrevista ao BRPolítico, no entanto, admitiu que os partidos de esquerda, até agora, não tiveram um desempenho “robusto”. A solução, segundo o governador, é forma uma centro-esquerda para 2022.
“Nós temos de pensar um pouco diferente na eleição de 2022. Diferente do que pensamos nas eleições passadas. Tentar ver se esse núcleo, que já está formado, com PSB, PDT, PV e Rede, possa se ampliar, juntando mais alguns partidos como o Cidadania, por exemplo”, afirmou.
A estratégia de Casagrande é para evitar que se repita o confronto de 2018 entre Bolsonaro e PT, com a reeleição do presidente. Ao avaliar as eleições municipais, o governador afirma que esse desequilíbrio político “perdeu espaço para estilos mais experientes”.
“Essas posições reacionárias estão ficando agora mais envergonhadas e as manifestações conservadoras mais equilibradas ainda preponderam. É melhor do que nós tínhamos [em 2018], mas acho que ainda podemos trabalhar para que a gente tenha posições mais progressistas junto à sociedade”
Ao analisar a falta de popularidade eleitoral da esquerda, mesmo com enfraquecimento do bolsonarismo, Casagrande afirma que os partidos de esquerda precisam ser, nas suas gestões, mais eficientes. “A gente tem que se agarrar à nossa bandeira, que não podemos perder, que é a defesa da desigualdade social”, afirmou.
“O cidadão quer ver, de fato, se os líder e representantes estão lutando para que melhorem as suas vidas. Para que diminua a injustiça, que diminua a desigualdade social, a concentração de renda. Então, tem bandeiras que a esquerda precisa se apropriar delas.”
Pandemia
Casagrande afirma que o posicionamento da esquerda em relação a pandemia da Covid-19, que se tornou o mais importante durante as eleições deste ano, deve ser defesa a vida. Na avaliação do governador, existe uma faixa da população que deixou de ter o pensamento de cooperação e recebe apoio do governo Bolsonaro.
Para ele, a visão de que só morre do vírus quem é fraco deve ser combatida pelos campos progressistas. “Para defender a vida a gente tem que ser solidário”, afirmou.
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