
O governo de Jair Bolsonaro parece incansável na tarefa minguar o fomento à cultura brasileira. Desta vez, o Ministério da Cidadania e a Secretaria Especial da Cultura estão empenhados em extinguir a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB). Em reação, a Associação de Servidores da FCRB publicou uma carta aberta de repúdio, que já alcançou quase 20 mil assinaturas.
No texto, os servidores explicam que a intenção do governo é transformar a FCRB em Museu, incorporando a estrutura regimental do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), reduzindo sua importância.
A casa, um museu histórico localizado em Botafogo, no Rio, tem o relevante papel de desenvolver a cultura, a pesquisa e o ensino em torno da obra e vida de Rui Barbosa. E vai além porque, como estabelece sua lei de criação, também realiza estudos e pesquisas no campo das Ciências Sociais, além da preservação de acervos museológicos, bibliográficos e arquivísticos.
“A extinção da Fundação Casa de Rui Barbosa constitui grave ameaça a perpetuação da história de nosso patrono e o enfraquecimento da cultura e da educação no Brasil”, diz o texto.
Mas desejo de matar as referências simbólicas do povo brasileiro não tem limite para o governo Bolsonaro. Na carta, a associação demonstra estranheza com o fato de o processo para a extinção da FCRB ter sido aberto em 5 de novembro do ano passado, data em que a Fundação celebrava os 170 anos do seu patrono. Nesta data, também se celebra o Dia Nacional da Cultura.
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