
Por Plinio Teodoro
Além de ter jogado ao menos 2 milhões de famílias na pobreza extrema, Jair Bolsonaro tem dificultado cada dia mais o acesso de pobres à proteína animal. O preço da carne e até o ovo tiveram alta de mais de dois dígitos e sumiram das mesas dos brasileiros mais humildes.
No geral, o preço da carne aumentou em média 14,5% em 2021 e a expectativa para o próximo ano é de um reajuste mínimo de 20%, segundo projeções da XP Investimentos., da LCA Consultores e do Banco Alfa, ouvidos pelo jornal.
No resultado acumulado em 12 meses até agosto, o item carnes subiu 30,77%, muito acima dos 13,94% do grupo de alimentos e bebidas e três vezes a taxa de 9,86% do IPCA geral, já muito elevada.
Carne vai continuar a subir com alta da inflação
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu, novamente, de 8,35% para 8,45% neste ano. É a 25ª elevação consecutiva na projeção. A estimativa está no Boletim Focus, divulgado no último dia 27, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.
Para 2022, a estimativa de inflação é de 4,12%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.
A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%.

