
O longa-metragem ‘Casa de antiguidades’, do diretor João Paulo Miranda, estrelado por Antonio Pitanga, está entre os 56 filmes escolhidos pelo Festival de Cannes, edição 2020, que deverão ser exibidos online. O longa que tem coprodução do Canal Brasil aborda a temática do racismo através da história de um operário negro do interior do Brasil, interpretado por Pitanga.
‘Casa de antiguidades’
Ao falar da sinopse, o diretor destaca que a situação de racismo retratada pela produção revela um país perdido no tempo.
“O filme tem o protagonismo de Antônio Pitanga, com seus mais de 80 anos, interpretando um homem que veio do interior de Goiás e que enfrentará violentamente um grupo ultra conservador no sul do Brasil. Isto o guiará num buraco negro profundo e complexo; que espelha um Brasil que está perdido no tempo, com cara dos anos 70”, disse à Veja o diretor Miranda Maria.
Presença feminina
Além disso, a 73ª edição do evento conta com 16 longas dirigidos por mulheres, dois a mais do que 2019. “A presença de mulheres cineastas é uma evolução que estamos observando nos últimos anos”, comentou o diretor artístico Thierry Frémaux.
Inicialmente programado para maio e adiado para junho e julho por causa da pandemia de coronavírus, o Festival Internacional de Cinema de Cannes descartou qualquer possibilidade de realizar a 73ª edição em sua “forma física”.
“Os cineastas não baixaram os braços, pois nos enviaram 2.067 filmes, o que é um recorde. Com eles trabalhando, o mínimo que poderíamos fazer era receber esses trabalhos, ver os filmes”, disse Frémaux.
Dentre os filmes selecionados, há também longas da cineasta japonesa Naomi Kawase, da francesa Maïwenn e do dinamarquês Thomas Vinterberg.
Dada as condições mundiais de mobilização em torno da pandemia do novo coronavírus, os organizadores informam que nessa edição do festival não haverá vencedores ou perdedores.
Além do longa brasileiro, veja abaixo a seleção de Cannes 2020:
“The French Dispatch”, de Wes Anderson
“Été 85”, de François Ozon
“Asa Ga Kuru”, de Naomi Kawase
“Lovers Rock”, de Steve McQueen
“Mangrove”, de Steve McQueen
“Druk”, de Thomas Vinterberg
“DNA”, de Maïwenn
“Last Words”, de Jonathan Nossiter
“Heaven: To the Land of Happiness”, de Im Sang-soo
“El Olvido Que Seremos”, de Fernando Trueba
“Peninsula”, de Sang-ho Yeon
“In the Dusk”, de Sharunas Bartas
“Des Hommes”, de Lucas Belvaux
“The Real Thing”, de Kôji Fukada
“Passion Simple”, de Danielle Arbid
“A Good Man”, de Marie-Castille Mention-Schaar
“The Things We Say, The Things We Do”, de Emmanuel Mouret
“Souad”, de Ayten Amin
“Limbo”, de Ben Sharrock
“Rouge”, de Farid Bentoumi
“Falling”, de Viggo Mortensen
“Sweat”, de Magnus von Horn
“Teddy”, de Ludovic e Zoran Boukherma
“February”, de Kamen Kalev
“Ammonite”, de Francis Lee
“Nadia, Butterfly”, de Pascal Plante
“Broken Keys”, de Jimmy Keyrouz
“The Truffle Hunters”, de Gregory Kershaw e Michael Dweck
“John and the Hole”, de Pascual Sisto
“Here We Are”, de Nir Bergman
“Un Médecin De Nuit”, de Elie Wajeman
“Enfant Terrible”, de Oskar Roehler
“Pleasure”, de Ninja Thyberg
“Slalom”, de Charlène Favier
“Casa de antiguidades”, de João Paulo Miranda
“Ibrahim”, de Samuel Guesmi
“Gagarine”, de Fanny Liatard e Jérémy Trouilh
“16 Printemps”, de Suzanne Lindon
“Vaurien”, de Peter Dourountzis
“Garçon Chiffon”, de Nicolas Maury
“Si Le Vent Tombe”, de Nora Martirosyan
“En route pour le milliard”, de Dieudo Hamadi
“9 Days at Raqqa”, de Xavier de Lauzanne
“Antoinette in the Cévènnes”, de Caroline Vignal
“Les Deux Alfred”, de Bruno Podalydès
“Un Triomphe”, de Emmanuel Courcol
“Les Discours”, de Laurent Tirard
“L’Origine du Monde”, de Laurent Lafitte
“Septet: The Story of Hong Kong”, de Ann Hui, Johnnie To, Tsui Hark, Sammo Hung, Yuen Woo-Ping e Patrick Tam
“Beginning”, de Déa Kulumbegashvili
“Striding Into the Wind”, de Wei Shujun
“The Death of Cinema and My Father Too”, de Dani Rosenberg
“Aya To Majo”, de Goro Miyazaki
“Flee”, de Jonas Poher Rasmussen
“Josep”, de Aurel
“Soul”, de Pete Docter
Com informações de Reserva Cine Fila e Veja.