
Um levantamento divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostra que nas eleições deste ano 1.866 policiais se candidataram como postulantes à “bancada da bala”. Um aumento de 27% em relação à campanha de 2018.
O órgão utilizou os dados do DivulgaCand, sistema de registro de candidaturas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) reúne 232 policiais candidatos, o que representa 13% do total.
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No total, os partidos de direita concentram 94,9% dos candidatos da chamada “bancada da bala”. O PTB registrou 141 candidaturas e o Republicanos, 137.
Já nas siglas da esquerda, caiu a participação dos profissionais d segurança. Em 2018, representavam 2,9% e agora apenas 1,4%.
O Rio de Janeiro concentra a maior parte dessas candidaturas, com 251 candidatos policiais. São Paulo vem na sequência com 238. Minas Gerais tem 126 nomes ligados à segurança.
Entre os profissionais, a maioria dos candidatos são policiais militares com 807 nomes da ativa e 245 reformados. Os policiais civis vem em seguida com 188 postulantes.
De acordo com o regimento da Polícia Militar, após dez anos de serviço, os agentes podem se licenciar do cargo para concorrer às eleições sem nenhum prejuízo de perda do posto.
Bancada da bíblia também tem crescimento
De acordo com dados do TSE, além da bancada da bala, houve também um crescimento da chamada bancada da bíblia, ou seja, de candidatos que se autodeclaram líderes religiosos. O número passou de 633, em 2018, para 713, o que representa um crescimento de 12,6%.
Entre os nomes escolhidos para aparecer nas urnas, os termos mais usados são pastor e pastora – 374. O número representa um aumento de 17,2% no uso desse adjetivo em relação às eleições de 2018.
Tanto entre líderes religiosos, quanto entre policiais e profissionais da segurança, Bolsonaro tende a obter um apoio mais expressivo. Esse dado fica evidente na escolha das siglas.