
“Pintou um clima de derrota na campanha de Jair Bolsonaro“, escreve o jornalista Bernardo Mello Franco no Globo. De acordo com o jornalista, o último factoide da campanha bolsonarista, com a alegação de que o candidato à reeleição teria sido prejudicado na transmissão de propaganda em rádios no Nordeste, não comoveu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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O ministro e presidente da Corte, Alexandre de Moraes, arquivou a queixa por não ver “qualquer indício mínimo de prova”. Para completar, determinou que seus autores sejam investigados por tentativa de tumultuar o processo eleitoral.
“Ainda que a queixa dos governistas fosse verdadeira, não teria a mínima influência numa disputa que envolverá 156 milhões de eleitores. Além disso, a responsabilidade de fiscalizar a veiculação da propaganda é dos partidos políticos, e não da Justiça Eleitoral”, escreveu.
O colunista do jornal O Globo também comentou sobre as tentativas de criar uma “insinuação golpista” após as falhas tentativas de adiar o pleito ou alegar ilegitimidade do processo eleitoral.
“Contrariado, Bolsonaro vazou a informação de que convocou uma ‘reunião de emergência’ com os comandantes militares. Em seguida, chamou a imprensa para um ‘pronunciamento’, no qual voltou a atacar o presidente do TSE. Em nova insinuação golpista, ele prometeu ir até às ‘últimas consequências’ no caso“.
“Se a intenção de Bolsonaro era demonstrar força, o efeito foi o contrário. Seu esperneio serviu como um atestado de fraqueza. E de medo da possível derrota nas urnas no domingo”, opina Bernardo Mello Franco.
Ipec: Lula tem 50% no 2º turno, e Bolsonaro, 43%
Na última pesquisa do Ipec, divulgada nesta segunda-feira (24), encomendada pela Globo, aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 50% de intenção de votos no segundo turno e que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 43%.
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Segundo o Ipec, a pesquisa mostra uma estabilidade da disputa.