
Nesta quarta-feira (4), a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou a descriminalização da maconha em todo o país. O projeto, que ainda depende de votação no Senado para virar lei, também inclui a taxação de 5% na venda da droga para custear programas de assistência.
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Com maioria democrata, a Câmara aprovou a proposta por 228 votos a favor e 164 contra. A expectativa é de que o texto encontre dificuldades para passar no Senado, onde o Partido Republicano detém a maioria dos assentos.
Elogios de um lado, críticas de outro
O democrata Jerry Nadler, que preside o Comitê Judiciário da Câmara, elogiou a proposta para descriminalizar a maconha em todo os EUA.
“Por muito tempo, tratamos maconha como um problema de justiça criminal em vez de uma questão de escolha pessoal e de saúde pública”, comentou o deputado.
Deputados republicanos questionaram a votação do tema em um momento de enfrentamento à Covid-19 — a doença causada pelo novo coronavírus tem matado quase 3 mil pessoas por dia.
O líder da minoria republicana na Câmara, Kevin McCarthy, ironizou as propostas apresentadas por democratas recentemente, que incluem a proibição de que pessoas mantenham em casa grandes felinos como tigres e leões.
“Com todos os desafios que os EUA enfrentam agora, nós republicanos pensamos que o pacote de socorro da pandemia deve ser votado. Porém, os democratas colocam gatos e maconha à frente”, criticou.
Descriminalização
Em alguns estados americanos, o uso recreativo da maconha já é permitido pelas legislações locais. É o caso de Colorado e Washington, que aprovaram leis permitindo o consumo em 2012.
Neste ano, outros quatro estados aprovaram o uso recreativo da maconha em referendo organizado simultaneamente à eleição presidencial: Nova Jersey, Arizona, Dakota do Sul e Montana.
Com informações do G1
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