
O Instituto Butantan anunciou nesta sexta-feira (26) uma nova candidata à vacina contra a Covid-19. A Butanvac, como foi batizada, é 100% brasileira e terá o pedido para autorização do início dos testes em seres humanos enviado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda nesta sexta. Caso sejam autorizados pela Anvisa, a ideia é que os testes tenham início já em abril.
“Grande Dia! Viva a ciência brasileira”, comemorou o líder do PSB, deputado Danilo Cabral (PE) em suas redes sociais.
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O Butantan é o maior produtor de vacinas do país e já produz, em parceria com a chinesa Sinovac, a Coronavac – uma das vacinas já disponíveis para imunização contra a Covid-19 no Brasil. De acordo com o diretor do Instituto, Dimas Covas, é possível ter os ensaios prontos em três meses e 40 milhões de doses da vacina até o final deste ano.
Butantan renova as esperanças
“É mais uma dose de esperança para o nosso povo. Viva a ciência, viva o Instituto Butantan”, celebrou a deputada Lídice da Mata (PSB-BA).
Na semana em que o Brasil ultrapassou a marca das 300 mil mortes por Covid-19, a notícia é um alento. O líder da Oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), destacou a importância da ciência num momento crítico como o vivido.
“Essa notícia renova as nossas esperanças de ver todos os brasileiros e as brasileiras protegidos contra essa terrível doença o mais rápido possível”, disse.
O deputado federal Denis Bezerra (PSB-CE) afirmou esta sexta é um dia histórico.
“O Instituto Butantan acaba de anunciar a criação de uma vacina 100% nacional contra a Covid-19: a ButanVac. Agora, será feita a solicitação para a autorização dos testes clínicos. Viva a ciência! Viva o SUS! Viva o serviço público!”, comemorou.
O pedido de autorização é para as fases 1 e 2 de testes da vacina, nas quais serão avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune. A ideia do Instituto é testar com 1,8 mil voluntários. Na fase 3, com até 9 mil indivíduos, é estipulada sua eficácia.
A Butanvac começou a ser testada em 27 de março do ano passado e já passou pelos testes pré-clínicos, onde são avaliados efeitos positivos e toxicidade em animais. Segundo o diretor do Butantan, os testes foram promissores e indicaram que a vacina provoca alta resposta imune.
“Isso significa necessidade de menos doses”, disse Dimas Covas na apresentação nesta sexta.
Agora, cabe à Anvisa analisar o pedido com celeridade para que os testes tenham início.