O Clash Bots é um campeonato internacional de luta de robôs transmitida na Tv chinesa com características de reality shows.
Os shows de robôs representam uma mudança para a programação de TV de realidade, e vêm à medida que a China busca avançar suas proezas tecnológicas, prometendo ser líder em inteligência artificial em 2030 para investir mais em robôs industriais para automação.
Enquanto o King of Bots teve seu final de temporada na segunda-feira (5 de março), no final deste mês, a iQiyi, gigante de serviços de streaming apoiada pelo gigante de buscas Baidu, que transmitiu Clash Bots.
Em King of Bots , os competidores colocam bots controlados remotamente uns contra os outros em um recipiente feito de vidro à prova de balas. Durante uma luta de três minutos, cada equipe precisa tentar paralisar a máquina do outro para ganhar o jogo.
A equipe de engenheiros brasileiros venceu o Clash Bots, O torneio é um reality show transmitido pela plataforma de vídeos online iQiyi, que tem uma base de 500 milhões de assinantes. Para ganhar o prêmio de R$ 400 mil, o grupo disputou com outros 34 robôs, sendo 21 chineses, além de competidores da Inglaterra, Estados Unidos, Índia e Rússia.

Da esquerda para direita: Renan, Filipi, Murilo e Expedito no estúdio do reality show. Foto Uol
O Dark Wolf, robô brasileiro, participou de 14 lutas no total. Um dos membros da equipe, o engenheiro mecânico Murilo Marin, conta que o grupo tinha que se desdobrar para conseguir recuperar a máquina dos danos sofridos após cada duelo em tempo para a etapa seguinte.
“Fizemos cinco lutas em dois dias seguidos. Lutas muito difíceis, onde o robô saiu avariado muitas vezes. Então tivemos cinco manutenções cansativas de cinco horas de duração cada. Muita tensão, gravando até de madrugada. Chegávamos às 8h da manhã e saíamos às 3h da madrugada do dia seguinte, exaustos”
Agora que fomos campeões mundiais no campeonato de robôs Clash Bots na China, temos um recado para a nossa seleção:Confira a reportagem completa no UOL: https://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/06/21/brasileiros-sao-campeoes-de-reality-show-de-luta-de-robos-na-china.htm#ClashBots #CBS #DarkWolf #iQIYI #Ogrobots #UNIFEI #Campeao #Selecao #Brazil #Brasil #CBF #Neymar #Tite #Copa #Wolrdcup #Canarinhopistola #selecaobrasileira
Publicado por Ogrobots em Quinta-feira, 21 de junho de 2018
Os combates
As lutas acontecem em uma arena cercada por vidro blindado em rounds de no máximo três minutos. As vitórias são por nocaute, quando um dos robôs perde a capacidade de se movimentar, ou por decisão dos juízes.
Durante o embate, a máquina é operada por dois controladores, sendo que um cuida da locomoção e outro da arma. No caso do Dark Wolf, trata-se uma peça de 30 quilos (kg) de aço temperado com formato semelhante à de uma picareta, com a capacidade de girar a uma velocidade de 3.200 rotações por minuto. Foi com esse instrumento que os brasileiros derrotaram o robô chinês Toxic Fangs. O golpe certeiro lançou o adversário para o outro lado do ringue, levando-o a nocaute.
“Era um robô chinês de um renomado professor de universidade, e era o robô mais caro da competição”, disse Marin. À máquina brasileira custou R$ 75 mil financiados pela organização do próprio reality show. Nas outras competições não há qualquer tipo de ajuda financeira aos participantes.
Dark Wolf
Pesando 110 kg, o Dark Wolf é uma versão maior da máquina usada pela equipe para conquistar o segundo lugar no campeonato brasileiro, em 2016, e terceiro no prêmio mundial, em 2017. Assim como nas competições esportivas de luta tradicionais, os campeonatos de disputa com máquinas são divididos por categoriais de pesos. O torneio da China aconteceu na maior categoria existente. O Bugalele, robô anterior do grupo, é um peso leve, com 27,2 kg.
A equipe brasileira Ogrobots tem sede em Sorocaba, interior paulista, e foi montada em 2013, com egressos da Universidade Federal de Itajubá (MG) que participavam do circuito universitário de combate de robôs. Foram à China sete engenheiros. Além de Murilo, de 26 anos, fazem parte Renan Rosa Martines (27 anos); Filipi Luz (25); Gustavo Marcelino da Silva (24); Felipe Cagnani (34); Expedito de Barros Junior (27) e Vinicius Su Pei Cheny (24).
“Se o jogo se tornar popular e mais pessoas se inspirarem, nossa tecnologia provavelmente também melhorará”.
Acreditamos que os programas de TV podem incentivar a inovação. Chen Wei, produtor do Clash Bots da iQiyi , espera que o programa impulsione as aspirações dos jovens pela fabricação e tecnologia chinesas. “A China ainda está atrasada em alguns setores da indústria”, disse Chen.