
Por Carolina Fortes
Apesar das fake news do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua recusa em se imunizar contra a covid-19, o Brasil chegou a 50% da população totalmente vacinada nesta quarta-feira (20).
São 109.919.877 pessoas que tomaram a segunda dose ou dose única, enquanto 151.541.983 receberam apenas a primeira – 71% da população.
São Paulo é o estado que mais vacinou com as duas doses: 67% da população está completamente imunizada, enquanto 80% tomou a primeira dose.
Mais de 600 mil pessoas morreram por causa do coronavírus no país: foram 603.855 óbitos no total, sendo 390 nas últimas 24 h. Além disso, 21.664.879 foram infectadas, 12.969 entre ontem e hoje.
O Ministério da Saúde revelou no último dia 12 que estão garantidas para 2022 o total de 354 milhões de vacinas contra a covid-19 para o Plano Nacional de Imunização (PNI) de 2022.
Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, os imunizantes que devem compor a campanha de vacinação contra o coronavírus no ano que vem serão os da Pfizer e AstraZeneca.
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Como já especulado, a vacina CoronaVac não consta no PNI de 2022. De acordo com Queiroga, se o imunizante produzido pela SinoVac obtiver registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), poderá ser acrescentado à campanha de vacinação.
Além das críticas à eficácia da vacina, chamada de “experimental”, o presidente já acusou o Butantan de superfaturar a venda da CoronaVac ao governo federal, sem apresentar provas.
Segundo Bolsonaro, a SinoVac, laboratório chinês que fabrica a CoronaVac, teria oferecido ao governo a dose do imunizante a 5 dólares, metade do valor que está sendo cobrado pelo Instituto Butantan.
A vacina é alvo de disputa eleitoral entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Pré-candidato à Presidência, Doria fez da “vacina do Brasil” uma espécie de cabo eleitoral para alavancar, sem muito sucesso, seu nome em outros estados.