
Depois da agência ‘Fique Sabendo’ revelar mensagens que apontam a verdadeira razão pela qual Jair Bolsonaro promoveu propagandas a favor da hidroxicloroquina, postagens que o relacionavam ao medicamento começaram a ser excluídas das redes sociais nesta terça-feira (19).
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O ato de desespero do presidente virou piada entre os seguidores que perguntaram: “tá tudo bem, presida?”. O movimento coincide com o início da vacinação no Brasil e com a divulgação de que o Ministério das Relações Exteriores intermediou a compra de cloroquina da Índia na clara intenção de beneficiar o bolsonarista Renato Spallicci, presidente da Aspen Farmacêutica, fabricante do medicamento Reuquinol.
‘A vacina do Brasil’
Desde domingo, Bolsonaro mudou o discurso e passou a chamar a Coronavac, vacina desenvolvida entre o Instituto Butantan e a chinesa Sinovac, de “a vacina do Brasil”. Antes, tratava o imunizante contra a Covid-19 como a “vacina chinesa de João Doria”.
Enquanto isso, o ministro da Saúde, Pazuello, passou a defender o isolamento social e disse que o seu ministério nunca recomendou cloroquina ou qualquer outro remédio — apenas o “atendimento precoce” de pacientes.
Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou por meio do seu Twiiter que, juntamente com o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), irá pedir abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Coronavírus: “precisamos investigar a criminosa condução do gov. federal na pandemia, como a divulgação do ‘tratamento precoce’ e outros absurdos de Bolsonaro. O presidente precisa responder por seus crimes!”