
O presidente Jair Bolsonaro disse nessa quinta-feira (5), durante live nas redes sociais, que apresentará no ano que vem ao Congresso Nacional proposta para a volta do voto impresso a partir das eleições de 2022. Segundo ele, esse seria um “um sistema eleitoral confiável”.
“Nós temos, sim, já está bastante avançado, o estudo (para propor o voto impresso). A gente espera, no ano que vem, entrar, mergulhar na Câmara e no Senado, para que a gente possa, realmente, ter um sistema eleitoral confiável em 2022”, afirmou o presidente.
A declaração ocorre enquanto o seu aliado norte-americano, o presidente Donald Trump, reforça discurso de fraude na eleição presidencial dos Estados Unidos. Em seu último discurso, Trump afirmou que o partido democrata “roubou” a eleição, pois ele venceria nos “votos legais”. Nos EUA, a maioria dos votos é feita em cédulas de papel.
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Na transmissão ao vivo, Bolsonaro explicou que o governo está estudando as experiências de outros países em que o sistema eleitoral adota o voto impresso. O presidente opinou que “o voto impresso é a maneira que você tem de auditar, contar votos de verdade”.
“Nós devemos, sim, ver o que acontece em outros países, e buscar um sistema que seja confiável por ocasião das eleições.”
Bolsonaro ainda defendeu que a proposta de emenda à Constituição (PEC) 135/2019, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), seja analisada pelo parlamento. O texto exige a impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos no Brasil.
Trump tupiniquim
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro tenta causar desconfiança no modo atual de votação no país. Em março deste ano o presidente chegou a declarar que tinha como provar que houve fraude no pleito de 2018, porém, assim como Trump, nenhuma evidência foi mostrada.
Apesar de ter saído vencedor em 2018, Bolsonaro afirma que teria ganhado ainda no primeiro turno. Na última corrida presidencial do Brasil, Bolsonaro derrotou o rival Fernando Haddad apenas no segundo turno, quando teve 57 milhões de votos contra 47 milhões do petista.
“Eu acredito pelas provas que tenho nas minhas mãos, que vou mostrar brevemente. Eu fui eleito em primeiro turno, mas no meu entender houve fraude. Nós temos não apenas uma palavra. Nós temos comprovado, brevemente eu quero mostrar, porque nós precisamos aprovar no Brasil um sistema seguro de apuração de votos. Caso contrário, passível de manipulação e de fraudes”, afirmou Bolsonaro, em 9 de março, em viagem aos Estados Unidos.
Com informações do Correio Braziliense