Bolsonaro já admite compra de vacina chinesa

De acordo com a jornalista Bela Megale, Jair Bolsonaro (sem partido) mudou novamente de ideia sobre a compra da CoronaVac, a vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac. A informação foi divulgada nesta terça-feira (3), no jornal O Globo.

Ministros e auxiliares do presidente afirmaram que Bolsonaro passou a admitir desde a semana passada, em conversas reservadas, a possibilidade do Ministério da Saúde comprar o imunizante se este for o primeiro a ter a eficácia atestada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Segundo a colunista, integrantes do governo também vêm fazendo coro à compra junto com o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que disse em entrevista à revista Veja que o governo vai comprar a CoronaVac se seu efeito para conter a Covid-19 for comprovado.

Há duas semanas, após o Ministério da Saúde anunciar que firmou um protocolo da intenções para adquirir 46 milhões de doses da CoronaVac, Bolsonaro desautorizou o ministro Eduardo Pazuello e afirmou que o imunizante “não seria comprado” pelo governo brasileiro em nenhuma hipótese. O principal entrave para o negócio é que o governador João Doria (PSDB), desafeto do presidente, é o maior entusiasta dessa vacina.

Nesta mesma terça, governadores estaduais estiveram reunidos com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para tratar do assunto. Uma das pautas do encontro foi justamente os caminhos a serem percorridos pelo Legislativo para garantir o desenvolvimento pleno das pesquisas para tratamento da doença, e, assim que houver aprovação dos órgãos legais, garantir a sua distribuição

No fim de outubro, depois do embargo na compra da vacina chinesa, Jair Bolsonaro (sem partido) esteve envolvido em uma nova polêmica relacionada ao assunto. Diante de apoiadores, o presidente afirmou que não entendia a pressa em relação ao imunizante e declarou que considerava mais interessante investir na cura para o coronavírus do que na vacina contra a doença.

Com informações do Jornal O Globo