
Por Lucas Vasques
Em mais uma atitude e desespero, Jair Bolsonaro apresentou ao Senado Federal, nesta sexta-feira (20), o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O documento foi recebido pelo chefe de gabinete do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Na quinta (19), pessoas próximas e assessores do presidente tentaram convencê-lo a desistir da iniciativa, pois o único efeito aparente será piorar o relacionamento entre os Poderes. O texto foi preparado pela Advocacia-Geral da União (AGU).
O próprio vice-presidente, Hamilton Mourão, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (16), disse que achava “difícil” o Senado aceitar a abertura de pedidos de impeachment contra ministros do STF.
“Ele considera que esses ministros estão ultrapassando dos limites de algumas decisões que têm sido tomadas e uma das saídas, dentro da nossa constituição que prescreve no artigo 52, seria o impeachment e compete ao Senado, vamos ver o que acontece. Acho difícil o Senado aceitar”, disse Mourão.
No mesmo dia, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também comentou a nova investida de Bolsonaro contra o STF. O parlamentar, no entanto, se limitou a falar em “harmonia entre poderes” e evitou criticar a atitude do chefe do Executivo.
Dois dias antes, Bolsonaro foi às redes sociais para anunciar que entregaria ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedidos de impeachment contra os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.
Sem chance de impeachment contra Moraes
No entanto, Rodrigo Pacheco havia sinalizado a pessoas próximas que não pretende dar prosseguimento às ações movidas por Bolsonaro.
Com informações de O Globo