
Motivo de polêmica entre os governos, a realização – ou não – do Carnaval 2022 ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (25). O presidente Jair Bolsonaro defendeu a não realização da maior festa brasileira, no próximo ano durante uma entrevista para a rádio Sociedade da Bahia.
Ainda durante a entrevista, Bolsonaro destacou que a decisão não cabe a ele. O chefe do Executivo aproveitou para culpar governadores pelo surto da covid-19 no país, sugerindo que eles também teriam a mesma responsabilidade caso a pandemia volte a recrudescer no Brasil.
“Por mim não teria Carnaval. Só que tem um detalhe: quem decide não sou eu. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), quem decide são os governadores e prefeitos. Então, não quero me aprofundar nessa que, poderia ser, uma nova polêmica”, explicou Bolsonaro.
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O presidente disse, ainda, que defendeu medidas severas de combate ao covid-19, que não foram adotadas pelos governadores, que foram ao STF pedir autonomia nas decisões locais quanto às estratégias de atendimento e proteção da população.
“Em fevereiro do ano passado, ainda estava engatinhando a questão da pandemia, pouco se sabia, praticamente não tinha óbito no Brasil, eu declarei emergência e os governadores e prefeitos ignoraram, fizeram Carnaval no Brasil”, alegou.
Bolsonaro ainda se eximiu de responsabilidade sobre os casos da doença no Brasil, discurso adotado durante toda a pandemia.
“As consequências vieram. Chegamos a 600 mil óbitos e alguns tentaram imputar a mim essa responsabilidade. Não tenho culpa disso. Não estou me esquivando nem apontando outras pessoas. É uma realidade. Todo trabalho de combate à pandemia coube aos prefeitos e governadores. A mim, coube enviar recursos para esses municípios. No total, para combater a pandemia, gastamos no ano passado R$ 700 bilhões. Foi dinheiro para o auxílio emergencial”, concluiu o presidente.
Com informações do Correio Brasiliense