
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) deve sofrer impeachment e ser afastado do cargo para 57% da população, de acordo com pesquisa PoderData. Para 36% dos entrevistados ele deve permanecer no cargo e 6% não souberam ou não quiseram responder.
Em julho, eram 50% que queriam a saída do presidente. O levantamento foi realizado de segunda-feira (8) até quarta-feira (10), com 2.500 pessoas em 412 municípios das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
É necessário aval do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro, para que um processo de impeachment seja aberto.
Recorte por sexo, idade e região
Entre os que mais acham que o presidente deve sofrer impeachment são os de 16 a 24 anos (63%), os que cursaram até o ensino superior (63%) e os moradores das regiões Centro-Oeste (63%) e Nordeste (66%).
Já entre os que mais querem que Bolsonaro permaneça no cargo, os homens são 43% do grupo, os que têm de 45 a 59 anos (44%) e os moradores da região Norte (49%).
Recorde de rejeição
A pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (10) afirma que a aprovação do governo Jair Bolsonaro (sem partido) atingiu o pior momento no ano. De acordo com o levantamento 69% das entrevistados acham que o Bolsonaro não merece mais quatro anos de governo, em sintonia com a piora das perspectivas em relação à economia, uma vez que, para 73% dos entrevistados houve piora na situação econômica.
A 5ª edição da Pesquisa Genial/Quaest indicou que avaliação negativa do governo subiu de 53%, em outubro, para 56%, neste mês. Enquanto isso, a aprovação variou de 20% para 19% no mesmo período.
O levantamento constatou que Bolsonaro vem perdendo popularidade inclusive entre quem votou nele em 2018. Até agosto, 52% de seus eleitores avaliavam o atual governo como positivo, contra 15% que consideravam negativo. Agora, esses índices são 39% e 28%, respectivamente. Na primeira edição da sondagem, em julho, os percentuais de eleitores que consideraram o governo Bolsonaro negativo era 45% e positivo, 26%.
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Do ponto de vista regional, o governo Bolsonaro é mal avaliado no Norte e no Nordeste do país, com 59% e 60%, respectivamente. Nas outras regiões, o percentual de avaliação negativa ficou em 54%, e em escalada desde setembro, quando a avaliação esse mesmo percentual entre 36% e 37%.
Como o avanço da vacinação, a pandemia deixou de ser o principal problema do país desde setembro, conforme os dados da pesquisa. Enquanto isso, a economia disparou com o maior percentual de respostas sobre a maior preocupação dos brasileiros, chegando a 48%, em novembro, no agregado. Entre os principais problemas econômicos, o crescimento econômico, o desemprego e a inflação receberam foram os mais lembrados. Já o maior problema social do país para os entrevistados foram a fome e a miséria.
Lula mantém dianteira
Enquanto a popularidade do atual inquilino do Alvorada cai, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), permanece na liderança em todos os cenários pesquisados, tanto no primeiro turno quanto no segundo turno. Já a fatia que seria da terceira via encolhe.
Entre outubro e novembro, a preferência do eleitor em Lula passou de 42% para 46%. Já a torcida para que Bolsonaro vença, baixou de 23% para 22% no mesmo período. O percentual eleitor que não quer nem lula nem Bolsonaro via, por sua vez, encolheu de 29% para 25% na mesma base de comparação.
Nos dois cenários eleitorais para o primeiro turno, um com o governador João Doria (PSDB-SP) como candidato do PSDB e outro com o governador Eduardo Leite (PSDB-RS), Lula teria 48% e 47%, respectivamente. Bolsonaro, 21%, e Sergio Moro, 8%, em ambos os casos no primeiro turno. E, mesmo em um segundo turno, o ex-juiz e ex-ministro que se filia ao Podemos, hoje, aparece em terceiro lugar nas intenções de voto.
Em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista teria 57% contra 27%. Se a disputa fosse com Moro, Lula também venceria, com 57% contra 22%. Contra Ciro Gomes (PDT), o placar de Lula seria 57% contra 20%. Se o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), Lula teria 57% e Leite, 14%. Já contra o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), Lula teria 58% e o tucano, 13%. O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na lanterna, teria 12% enquanto Lula, 59%.
Bolsonaro lidera a lista dos candidatos com maior rejeição entre os eleitores que afirmam que não votariam: de 67%. Na sequência, Sergio Moro (61%), João Dória (58%), Ciro Gomes (58%) e Lula (39%), Rodrigo Pacheco (36%), Eduardo Leite (29%)e Felipe DÁvila (20%).
O levantamento entrevistou 2.063 pessoas entre os dias 3 e 9 de novembro em 123 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiabilidade é de 95%, segundo os organizadores.
Com informações do Poder 360