
Responsável pela defesa do presidente Jair Bolsonaro, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou nessa quinta-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele não irá prestar depoimento no inquérito que apura suspeita de interferência na Polícia Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Como o depoimento do presidente era a última etapa das investigações, a AGU pediu ainda que o processo seja encaminhado à PF para elaboração de relatório final. A Procuradoria-Geral da República que irá decidir se há provas suficientes.
A denúncia foi feita ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. Segundo o ex-juiz da Operação Lava Jato, houve interferência política de do presidente para trocar o comando da PF. Moro deixou o governo em abril após pressão do Palácio do Planalto para substituir o então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo.
Em nota, a defesa de Moro afirmou que recebeu “com surpresa” a decisão de Bolsonaro de abrir mão do depoimento.
“A negativa de prestar esclarecimentos, por escrito ou presencialmente, surge sem justificativa aparente e contrasta com os elementos reunidos pela investigação, que demandam explicação por parte do presidente da República”, disse
Segundo o Estadão, parte dos investigadores avalia que, até o momento, não foram encontradas provas que incriminem Bolsonaro e aponta que a tendência é de que o procurador-geral da República, Augusto Aras, peça o arquivamento do caso.
O entendimento desse grupo é o de que, neste momento, as acusações de Moro provocam mais estrago político do que jurídico para o chefe do Executivo.
Com informações do Estadão
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