
Nesta quinta-feira (7), o presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou a possibilidade de divisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública em duas pastas após a saída de Sérgio Moro, que pediu demissão no último dia (24). O presidente afirmou que já conversou com o novo ministro da Justiça, André Mendonça, que concordou com a medida caso seja necessária. Bolsonaro preferiu não prever prazo para a mudança.
“Pode acontecer. Não está prevista [a separação] ainda, tem muita coisa pela frente, não vou entrar em embate de divisão agora”, afirmou o presidente ao chegar ao Palácio da Alvorada, no fim da tarde, complementando: “Já conversei com André (Mendonça), se tiver lá na frente, não digo pressão, mas uma necessidade, o que você acha? Ele disse que sem problema.”
Perguntado se o ex-deputado federal Alberto Fraga poderia assumir a nova pasta da Segurança Pública em caso de divisão, Bolsonaro disse que o ex-parlamentar pode ser uma opção.
“No futuro, quem sabe. É meu amigo desde 1982”, declarou.
O jornal O Globo revelou em dezembro passado que o presidente desejava recriar a pasta e entregar o ministério para Fraga. Bolsonaro negou na ocasião, mas em janeiro admitiu a ideia, o que provocou reação com Moro.
O presidente tinha admitido a possibilidade ao partir para uma viagem à Índia. Diante da repercussão negativa, descartou a divisão ao chegar naquele país. Segurança pública foi uma das principais bandeiras de campanha de Bolsonaro. Durante a transição, o presidente fundiu a pasta ao Ministério da Justiça. Parte de seus aliados, como a bancada da bala no Congresso, defende o desmembramento.
Com informações do jornal O Globo.